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Golpe do falso emprego: delegado dá dicas de como evitar estelionatários com promessas de trabalho

De acordo com o delegado da Polícia Civil do Pará, Arthur Nobre, criminosos que praticam esse tipo de crime se aproveitam da vulnerabilidade das vítimas

Camila Guimarães
fonte

O dono de uma empresa da área da construção civil, que funciona no bairro da Marambaia, em Belém, foi vítima de um golpe, caracterizado por uma falsa promessa de trabalho, e precisou arcar com um prejuízo de quase R$ 3 mil. O caso foi registrado na Seccional do Marco. Golpes com promessas de emprego ou de grandes negócios são comuns. De acordo com o delegado de Polícia Civil, Arthur Nobre, criminosos que praticam esse tipo de crime se aproveitam da vulnerabilidade das vítimas.

Segundo o relato da vítima do golpe, que tem a identidade preservada na matéria, um homem, que se identificou como assessor de um político paraense, veio de Santarém em busca de uma empresa para executar uma obra de grande porte no município do oeste do estado.

Enquanto esteve acompanhando o suposto assessor durante os três dias que ele passou em Belém, a vítima foi convencida a fazer série de compras com os próprios recursos (cartão de crédito e dinheiro) para o suposto contratante, incluindo: aluguel de veículo, abastecimento de veículo, compras em loja de departamentos e alimentação. A vítima teria, inclusive, entregue uma quantia em dinheiro para outros custos ao suposto assessor. No total, o prejuízo da vítima chegou a somar R$ 2.666,30.

De acordo com a vítima, ele só desconfiou do golpe quando o homem quis que ele abrisse uma conta específica para ‘facilitar as movimentações financeiras’. No entanto, o suposto contratante bloqueou todos os contatos por telefone que tinha com a vítima quando esta começou a cobrar pelos gastos realizados. A vítima não conseguiu mais retomar contato remoto ou presencial com o homem e, então, registrou a ocorrência na delegacia.

 

Vítimas não têm culpa de cair no golpe, mas devem se prevenir

Segundo o delegado Arthur Nobre, o crime de estelionato se difere de outros tipos de crime porque, em geral, a pessoa que o pratica lança mão de uma série de recursos para convencer a vítima de que está diante de uma grande oportunidade ou de um negócio sério:

“O crime de estelionato é muito específico. O estelionatário é aquela pessoa que fala bem, que não é agressiva, que se apresenta de terno, de gravata, oferecendo várias vantagens para a vítima que, claro, não são verdadeiras. Só que, com a sua conversa, com sua forma de ludibriar as pessoas, ela acaba enganando a vítima, independente da idade ou mesmo de instrução acadêmica”, descreve. 

Apesar de enfatizar que nenhuma vítima tem culpa por ter caído em um golpe, o delegado ressalta que, na maioria dos casos, as pessoas deixam de tomar alguma cautela diante das propostas de muitos golpistas. A checagem de antecedentes criminais, histórico da empresa e do seu seu tempo de operação no mercado são alguns dos cuidados que todos precisam ter antes de fechar qualquer negócio, seja para uma proposta de emprego ou algum acordo comercial e financeiro.

image O delegado Arthur Nobre diz que estelionatários se aproveitam da vulnerabilidade das vítimas. (Ivan Duarte/ O Liberal)

Não existe emprego que cobre pela vaga

Diante de um cenário de desemprego ou de baixa remuneração, com o aumento do custo de vida, muitas pessoas acabam ficando mais propensas a cair em golpes específicos de vagas de emprego, compra e venda de bens ou serviços ou de investimento financeiro. Sobre isso, o delegado alerta:

“Existe uma linha tênue entre o estelionato e uma briga no âmbito do direito civil. Oferecer vaga de emprego e cobrar por isso, muitas empresas em Belém fazem isso. Exemplo: a pessoa paga de 100 a 200 reais para que a agência de emprego procure emprego e envie currículos para aquela pessoa. Isso, por si só, não caracteriza crime. Porém, oferecer uma vaga específica e cobrar por aquela vaga, muitas vezes com valores vultosos, sendo que essa vaga não existe, isso sim é crime e caracteriza estelionato”, explica.

Para quem acabou caindo em algum golpe, é imprescindível formalizar a ocorrência para que as autoridades policiais tomem as providências necessárias, destaca o delegado: “Quem for vítima de crime de estelionato tem que procurar a delegacia mais próxima, registrar o Boletim de Ocorrência, comunicar às autoridades e solicitar que seja feito o atendimento pelo delegado de Polícia Civil, que com certeza vai realizar a investigação”, garante.

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