Sindicalista é executado por pistoleiros na frente de casa em Parauapebas
Homem tinha 72 anos
O sindicalista João Inácio da Silva, de 72 anos, foi morto quando estava sentado na frente de sua casa em Parauapebas, sudeste paraense, na noite desta terça-feira (06). O idoso era presidente da Cooperativa de Trabalhadores Montes Belos, e segundo familiares, relatou que vinha sofrendo ameaças de morte há algum tempo, que aparentemente foram cumpridas em um ataque a tiros, perpetrado por dois motociclistas, pouco depois das 18h. O homem era conhecido por ajudar trabalhadores de agricultura familiar a conseguirem terras junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Segundo informações de uma testemunha, a pessoa estava conversando com Joãozinho, como o homem também era conhecido, na calçada em frente à casa dele na rua Frankfurt, bairro Vila Rica, quando dois homens chegaram em uma motocicleta. O homem que vinha na garupa já chegou com um revólver em punho e nem esperou o veículo parar para disparar na direção de João. Os primeiros disparos falharam, mas isso não fez com que a vítima escapasse. Ele chegou a correr para a casa de um vizinho, mas foi perseguido pelo atirador e o idoso foi atingido pelos tiros. O homem que conversava com João contou que conseguiu correr para a casa de um vizinho e escapar, mas o sindicalista morreu no local.
Almariza Silva, viúva de João Inácio, concedeu entrevista à imprensa logo após a morte do marido. Ela disse que estava na rua junto do sindicalista naquela noite, mas entrou para casa antes dos assassinos chegarem, ouvindo os disparos que tiraram a vida dele. "Eu deixei ele lá sentado, quando eu cheguei na área de serviço, escutei os tiros. Eu saí, e já vi ele morto no chão. Ele trabalhava com cadastro de terra, no Incra, há uns três anos. No dia da reunião que teve domingo retrasado, ele falou no palanque que tinha recebido ameaças", disse a viúva, que teve doze filhos com o sindicalista.
O caso é investigado pela 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, que segue em busca de qualquer informação sobre motivação do crime e identidade dos executores e mandantes.
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