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​Polícia realiza reprodução simulada para esclarecer morte de estudante de nutrição em Belém

Bruna Meireles Corrêa foi morta com um tiro na cabeça dentro de um carro, após suposta discussão com o policial militar Wladson Luan Monteiro Borges

O Liberal
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A Polícia Científica do Pará (PCEPA) realizou, na tarde desta quarta-feira (1º), a reprodução simulada dos fatos relacionados à morte da estudante de nutrição Bruna Meireles Corrêa, de 32 anos. O crime ocorreu no dia 12 de março deste ano, dentro de um carro em Belém, e tem como principal suspeito o policial militar Wladson Luan Monteiro Borges, ex-companheiro da jovem, lotado no Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam). A reconstituição foi conduzida pelo Instituto de Criminalística da PCEPA, com apoio da Polícia Civil.

Segundo a perita criminal Carolina Tavares, o procedimento buscou confrontar a versão apresentada pelo PM com os demais laudos periciais produzidos durante a investigação. “Como o caso ocorreu dentro de um veículo, o único depoimento é o do suspeito. Nossa intenção foi reproduzir esse relato e confrontá-lo com as demais perícias já realizadas, como a de local de crime, balística e DNA. Todo o procedimento foi registrado em fotos e vídeos, com o objetivo de confirmar as hipóteses possíveis e descartar as inconsistentes”, afirmou.

A delegada Adriany Carvalho, da Delegacia de Enfrentamento ao Feminicídio (Defem), unidade vinculada à Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, destacou que a reprodução simulada é um recurso previsto no Código de Processo Penal e solicitado pela Defesa, pelo Ministério Público e pela própria Polícia Civil. “Esse procedimento nos ajuda a esclarecer como ocorreu o disparo que resultou na morte da vítima. Com o laudo, poderemos confirmar ou refutar a versão apresentada pelo investigado”, pontuou.

Relembre o caso

Bruna foi atingida com um tiro do lado esquerdo da cabeça. O disparo teria ocorrido após um suposto desentendimento entre ela e o policial, dentro do carro que seria de propriedade do PM. Ainda segundo fontes policiais ouvidas pela reportagem na época do crime, o suspeito alegou inicialmente que os dois haviam sido vítimas de um assalto, versão que foi posteriormente descartada a​p​ós ele admitir que houve uma discussão, iniciada ainda no bairro da Pedreira, que culminou com o disparo fatal.

Após o tiro, Wladson Borges levou Bruna até o Pronto Socorro Municipal da 14 de Março, no bairro do Umarizal. No entanto, funcionários da unidade de saúde informaram que a vítima já chegou sem vida. O veículo do policial permaneceu em frente ao hospital, com diversas marcas de tiros e o vidro do lado do carona destruído.

Bruna era natural de Colares, no nordeste paraense, e morava em Belém havia sete anos, residindo com o padrinho. Era estudante de Nutrição. O caso segue sob investigação em sigilo, e o resultado do laudo pericial será decisivo para a conclusão do inquérito.

O policial foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio, conforme confirmou a Polícia Militar por meio de nota oficial divulgada na data do crime. Ele permanece preso.

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