PM acusado de matar professor é condenado a 19 anos de prisão em Marabá
Leitura da sentença foi feita depois de 15 horas de julgamento e realizada nesta sexta-feira (02)

O policial militar Felipe Freire Sampaio Gouveia foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado pela morte do professor Ederson Costa Santos, em Marabá, no sudeste do Pará, nesta sexta-feira (02). O caso aconteceu no dia 4 de agosto de 2018, depois de uma discussão de trânsito na avenida Tocantins, Núcleo Cidade Nova, no mesmo município onde o julgamento aconteceu.
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O caso gerou grande comoção na cidade e o auditório ficou lotado por familiares, amigos e conhecidos de Ederson, que era professor do Instituto Federal do Pará (IFPA). Docentes e alunos do instituto também acompanharam de perto o julgamento, vestindo camisas em homenagem ao professor com a frase "Quiseram te calar, mas esqueceram que éramos sementes. #Justiça! #Paz!”, estampadas com uma foto da vítima.
A sentença do juiz Wanderson Ferreira Dias, presidente do júri, foi lida e depois de 15 horas desde o início da sessão, e ele determinou a pena de 15 anos pelo assassinato do professor e quatro anos pelo roubo. Felipe levou a carteira porta-cédulas e o celular do professor após matá-lo. Uma câmera de segurança de um estabelecimento em frente gravou toda a ocorrência, sendo prova fundamental do crime.
O réu é marabaense, mas estava lotado na Polícia Militar do Maranhão. Felipe foi representado por duas advogadas. De acordo com o portal Correio de Carajás, a tese da defesa aponta que o réu agiu de forma defensiva por achar que Ederson poderia estar armado.
Freire foi exonerado do cargo de policial militar, já que qualquer sentença condenatória superior a quatro anos já suspende os direitos políticos e públicos. Levando isso em consideração, o juiz Wanderson decretou não só a perda da função de policial militar, mas também o afastamento dos direitos políticos, ainda conforme o Correio.
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