Motorista envolvido na morte de motociclista presta depoimento à polícia no Tapanã
Acidente aconteceu no dia 19 deste mês, na rodovia Arthur Bernardes, e resultou na morte de Rafael Adriano, de 40 anos

Marco Antônio, o condutor do HB20 envolvido na morte do motociclista Rafael Adriano, de 40 anos, prestou depoimento à polícia, na tarde desta quarta-feira (30), na Delegacia do Tapanã. O advogado criminalista Paulo Maia, que integra a defesa do suspeito, juntamente com o advogado criminalista Eduardo Monteiro, conversou com a redação integrada de O Liberal e esclareceu que Marco não foi o culpado pela morte da vítima. O caso em questão ocorreu no dia 19 deste mês, na rodovia Arthur Bernardes. Rafael pilotava uma motocicleta quando colidiu de frente com o carro que era dirigido por Marco.
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No local do acidente, pessoas relataram à Polícia Militar que o condutor da motocicleta vinha de Icoaraci em direção ao bairro de Val-de-Cans e o motorista do carro seguia no sentido oposto. O motorista do HB20 teria feito uma ultrapassagem, conforme as informações repassadas à PM, e acabou se chocando frontalmente com o motociclista, que morreu na hora. No entanto, Paulo alega que, em momento algum, Marco teria feito uma ultrapassagem, mas, na verdade, o motociclista.
De acordo com o advogado, logo após a batida entre os dois automóveis, o motorista do HB20 teria descido do veículo e prestou primeiros socorros à vítima, por conta de estar se formando no curso de Enfermagem. “O meu cliente estava dirigindo o carro na pista dele quando ele foi surpreendido quase que de forma instantânea pela colisão. Ele (Marco) desceu do veículo, fez os primeiros socorros na vítima e chegou a ver que ela não tinha pulso. A moto saiu de trás de um ônibus e colidiu instantaneamente com o carro do meu cliente. Não teve tempo de reagir. Se ele (Marco) tivesse feito a ultrapassagem teria batido com o ônibus e não com a moto”, contou Maia.
Momentos após a colisão, o irmão de Rafael, identificado como Ageu Adriano, falou que vários outros motoristas teriam relatado a ele que Marco estaria alcoolizado no momento do acidente. Para a reportagem, Paulo disse que o cliente não bebe e negou essa informação. “O meu cliente não bebe. Ele saiu do local do acidente por receber ameaças das pessoas que estavam no local. Disseram para ele que ia tocar fogo no HB20 com ele dentro. De fato, botaram fogo no carro”, comentou o advogado. “Ele foi instruído pela sua defesa a se apresentar à polícia no tempo necessário assim que a polícia requisitasse”, acrescentou.
Paulo Maia adiantou que na próxima semana, uma testemunha que disse estar no ônibus à frente de Rafael será ouvida pela polícia e dará mais detalhes ao caso, que devem corroborar com o que foi dito pelo advogado ao Grupo Liberal.
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