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Ambientalista desaparece após conflito relacionado a terrenos irregulares em Belém

Pedro Paulo é militante da ONG Gape, e uma das causas com as quais vem se envolvendo é a defesa de uma área de proteção ambiental situada nas proximidades do conjunto Bela Vista

O Liberal
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O desaparecimento do ambientalista Pedro Paulo dos Moraes Lima, de 61 anos, está preocupando amigos, parentes e representantes de instituições que trabalham com a causa ambiental e com os Direitos Humanos. O ambientalista está desaparecido desde a última terça-feira (6).

Pedro Paulo é militante da ONG Gape, e uma das causas com as quais vem se envolvendo é a defesa de uma área de proteção ambiental situada nas proximidades do conjunto Bela Vista, em Belém. A questão que envolve esses terrenos é antiga e, segundo a advogada Rosemary Pereira de Oliveira, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Pará, que vem acompanhando o caso, esses terrenos foram vendidos para moradores do conjunto de forma irregular.

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Sobre o desaparecimento do ambientalista, tudo começou no sábado (3), quando ele estava na sede da associação do conjunto Bela Vista e foi agredido por um homem identificado pelo nome de Thiago. Esse homem seria advogado e morador do conjunto, e acabou espancando o ambientalista durante uma discussão.

Após a agressão, o ambientalista foi levado para o Pronto-Socorro da 14 de Março, onde passou por exames e foi liberado. No dia seguinte, Pedro Paulo saiu de casa e passou mal. Ele caiu na rua e foi levado ao Hospital Metropolitano.

"A questão toda é que ele não usa telefone celular. Ele anda com anotações de telefones no bolso da calça e, quando precisa se comunicar, pede para alguém ligar. Nesse dia, os amigos dele foram informados de que ele estava no Metropolitano e foram ao hospital. Ele foi liberado no mesmo dia", relatou Rosemary Pereira.

Na terça-feira (6), ele tinha combinado com um amigo, que é motorista de aplicativo, para levá-lo ao médico. Quando o amigo chegou na casa de Pedro Paulo, ele não apareceu. O amigo tem a chave da casa, já que o ambientalista mora sozinho, e, ao entrar, encontrou um bilhete escrito: "Estou sendo ameaçado de morte".

A partir disso, os amigos se reuniram e pediram auxílio à Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA. "Foi quando a gente começou a ir em busca de parentes e também em hospitais e até no IML, mas ele não foi encontrado. Na sexta-feira (9), foi feito o boletim de ocorrência", explicou Rosemary Pereira.

Os demais militantes da ONG estão preocupados com o amigo, já que ele ainda não entrou em contato. A representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Pará diz que a situação é preocupante. "Após a agressão por um dos integrantes do grupo, denominado Thiago ou Carcaça, eles formaram um grupo e destruíram uma boa parte das dependências da associação. Tudo isso foi motivado pela questão da especulação imobiliária em terrenos vendidos ilegalmente pela antiga diretoria. Tudo o que está acontecendo provém dessa venda de terrenos de área de proteção ambiental e da impossibilidade de construírem", destacou Rosemary.

Advogado nega agressão e diz ser vítima de calúnia após desaparecimento de ambientalista em Belém

Em nota enviada à Redação Integrada de O Liberal, o advogado Thiago dos Santos negou ter agredido o ambientalista Pedro Paulo dos Moraes Lima, de 61 anos, desaparecido desde a última terça-feira (6), em Belém. Segundo ele, o que vem sendo divulgado é resultado de uma disputa local e de perseguição por parte de integrantes da ONG Gape, da qual Pedro fazia parte.

“Ele que me ameaçou de morte junto com o primo dele. Isso que estão falando é calúnia, pois se trata de um revanchismo. Eu estou na causa de processos condenatórios em que eles já foram julgados”, declarou Thiago.

Em nota oficial, o advogado reforçou que foi ele quem sofreu ameaças. “A verdade é que eu fui vítima do Sr. Pedro Paulo e seu primo Marcos Afonso, que me ameaçaram de morte em plena luz do dia e na frente de várias pessoas”, disse.

Ele também rejeitou qualquer ligação com a suposta venda irregular de terrenos em área de proteção ambiental: “Esclarecer que não tenho qualquer envolvimento com compra e venda de áreas públicas, tampouco tenho conhecimento e levanto essa bandeira.”

Thiago classificou as acusações contra ele como motivadas por retaliação. “Essa imputação à minha pessoa se trata de uma calúnia e revanchismo por parte dessas pessoas ligadas a um grupo informal chamado GAPE, principalmente porque já atuei como assistente de acusação em diversos processos em que inclusive foram condenados”, declarou.

Ainda na nota, ele acusou os membros da ONG de agirem de forma irregular na associação de moradores do conjunto Bela Vista. “Aliás, este grupo está infiltrado na Associação do Conjunto Bela Vista, explorando os bens que lhe pertencem​, recebendo indevidamente em suas contas pessoais pelos aluguéis que ali são arrecadados, sem prestar contas com seus moradores, muitas vezes utilizando de força, violência e ameaças”, denunciou. O advogado concluiu afirmando estar à disposição das autoridades e que medidas cabíveis já estão sendo tomdas.

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