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Membro do Comando Vermelho acusado de matar policial penal em Belém é condenado a 36 anos

O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua na última segunda-feira (21) e foi presidido pela juíza Adrielli Beltramini

O Liberal

Um homem acusado de integrar a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e de matar um policial penal em Belém foi condenado a 36 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada. O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua na última segunda-feira (21) e foi presidido pela juíza Adrielli Beltramini. 

Os jurados acataram integralmente as teses apresentadas pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), representado pelo promotor de Justiça Márcio de Almeida Farias, convocado para atuar nas 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Direitos Humanos, Controle Externo da Atividade Policial e Júri de Ananindeua. A defesa foi exercida pela defensora pública Larisse Campelo.

O crime ocorreu no dia 25 de março de 2021, quando o policial penal, de 43 anos, foi executado com sete tiros em via pública, enquanto retornava de uma caminhada ao lado da esposa, que presenciou o assassinato. A vítima foi surpreendida por dois homens armados que desceram de um veículo e efetuaram os disparos, sem possibilidade de defesa.

De acordo com as investigações, a execução foi ordenada pela facção Comando Vermelho como parte de uma ofensiva contra a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Consta no inquérito que, no início de março daquele ano, a facção teria emitido uma "circular" determinando a morte de policiais penais nas ruas, após reivindicações não atendidas pela Seap.

De acordo com o MP, a Polícia Civil chegou à autoria do crime após a quebra de sigilo de dados de um celular encontrado com um dos envolvidos. O réu, preso em julho de 2021, confessou à polícia que aceitou a "missão" após ser ameaçado de morte pela própria facção, como forma de obter o perdão. Após a execução, ele teria sido promovido ao posto de "Idealizador de Missões" dentro do CV.

"Os jurados fizeram justiça ao acatar as teses do Ministério Público. Um pai de família, que também era um agente da segurança pública, perdeu sua vida de forma covarde. Este crime não poderia ficar impune. O papel do Ministério Público é defender às vítimas e toda sociedade", diz o promotor Márcio Farias.

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