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Mais três pessoas teriam sido agredidas por policiais em embarcação, diz advogada

Segundo Lanna Bossini, irmã de mulher que aparece o vídeo teria tido braço deslocado. Outro homem foi sufocado e teve registros apagados do celular

Ana Carolina Matos
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Mais três pessoas teriam sido vítimas dos abusos de policiais civis em uma embarcação no Porto de Breves, na Ilha do Marajó. As informações são da advogada Lanna Bossini, que presta assistência à Lilian Batista, de 37 anos, mulher que foi filmada sendo agredida por um servidores públicos na última quarta-feira (16). Segundo Bossini, mais duas vítimas dos policiais civis envolvidos no crime prestaram depoimento na manhã desta segunda-feira (21) na Divisão de Crimes Funcionais (DECRIF), na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil. Na semana passada, uma terceira testemunha também relatou a violência vivida durante a viagem.

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Entre as novas vítimas, está uma mulher que teria tido o braço deslocado por um dos envolvidos no crime. Irmã de Lilian, ela é moradora do município de Breves e soube do início da confusão, ainda no final da tarde, avisada pela própria vítima. Rapidamente, a irmã da vítima, Cilene, foi até o local e teria tentado intervir na briga, quando foi alvo de uma manobra violenta de um dos agressores e teve o braço deslocado. Após o caso, ela foi socorrida.

Outro homem, que mora em Santa Izabel do Pará e trabalha em Portel, também teria procurado a Delegacia de forma espontânea para relatar a violência que sofreu na embarcação. Segundo relata a advogada, a vítima estava filmando as agressões, quando um dos agentes teria visto a situação e partido para cima dele. "Enquanto um apagava o vídeo, outro enforcava esse rapaz", explica. No dia do crime, Jéssica, sobrinha da vítima que a acompanhava no trajeto, também prestou depoimento e relatou as violências sofridas.

Ainda segundo a advogada, as três testemunhas passaram pelo Instituto Médico Legal (IML), onde fizeram exame de corpo de delito. Os laudos periciais já estão em posse da Polícia Civil e servirão de provas para uma nova ação da advogada, que pretende pedir pela responsabilização dos acusados criminalmente e civilmente. "Essa é a primeira etapa, que estamos finalizamos para fechar os crimes cometidos. Não é só de lesão corporal e abuso de autoridade, tem também constrangimento ilegal e até tortura", explica Bossini.

Além disso, ela destaca ainda que entrará com uma ação para que o Governo do Estado seja responsabilizado por danos morais. "Agora vamos acompanhar o inquérito policial do processo administrativo que vai acontecer e entrar com a ação pra responsabilizar os culpados. Nessa ação, o Estado atua como subsidiário, pelos acusados serem funcionários públicos, do Estado, que acaba atrelado nisso", contou. 

O caso

No último dia 16 de dezembro, Lilian Batista foi filmada sendo agredida e xingada por dois agentes civis, de prenome Anderson e Rodrigo, em embarcação que faz o trajeto Portel-Belém. No momento da confusão, o barco estava ancorado no Porto de Breves. A briga teria tido início quando a vítima havia atado uma rede para descansar. Uma outra passageira, também policial civil, que estava do lado dela, iniciou uma discussão por conta da falta de espaço, e as duas partiram para as agressões.

Segundo testemunhas, a policial que se envolveu na briga disse que não queria a vítima perto dela e chamou os outros dois policiais para que a retirassem do barco. Em seguida, Anderson começa a gritar com a mulher, dizendo para ela pegar suas malas e deixar a embarcação. Logo depois, ele parte para cima da vítima e dá um tapa no rosto de Lilian. Outro policial, Rodrigo, também é visto nas imagens empurrando a mulher com uma arma em punho.

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