Mais de 15 toneladas de entorpecentes já foram apreendidas em três anos pela Polícia Militar do Pará
A droga mais apreendida é a cocaína, seguida da maconha

Mais de 15 toneladas de entorpecentes já foram apreendidas pela Polícia Militar do Pará, entre os anos de 2019 e 2021. A droga mais apreendida é a cocaína, seguida da maconha. Nos três primeiros meses deste ano, já foram apreendidos 285,21 kg de drogas no Estado, uma média de 95 kg por mês. O balanço feito pelo Departamento-Geral de Operações (DGO) da instituição foi divulgado nesta sexta-feira (8) e representa um aumento de 435% no que se refere à apreensão de entorpecentes pela PMPA.
A PM detalhou que, em 2019, foram apreendidos 1.388,360 quilos de drogas ilícitas em todo o Pará. O Comando de Policiamento Regional IV, sediado no município de Tucuruí, na região sudeste, apreendeu a maior quantidade (334,83 kg). No ano seguinte, foram apreendidos 6.260,872 kg, com destaque para o Comando de Policiamento Regional IX, com sede em Abaetetuba, no Baixo Tocantins, que apreendeu 2.505,607 kg.
Os dados de 2020 representam um aumento de 350,95% em relação a 2019. Os números são ainda mais positivos em 2021, quando foram apreendidos pela PM 7.432,336 kg de drogas - 18,71% a mais que no ano anterior -, tendo o Comando de Policiamento Regional II, em Marabá, no sudeste, se destacado com 1.223,53 kg. Isso significa que em 2021 a produtividade foi 435,33% maior que em 2019. A droga mais apreendida é a cocaína, seguida de maconha.
Nos três anos analisados houve, no mínimo, dois episódios significativos. O primeiro ocorreu em fevereiro de 2020, com a apreensão de uma carreta com cerca de 1 tonelada de maconha em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. Em Barcarena, no nordeste paraense, três meses depois policiais do 14º Batalhão apreenderam aproximadamente 2,5 toneladas de cocaína.
Denúncias
“Nós tentamos minimizar o tráfico por meio do serviço de inteligência, um trabalho mais direcionado, focado em pontos que nós sabemos, até pelo histórico, que podem gerar essa produção de droga”, explica o chefe do DGO, coronel Pedro Paulo Celso. Para ele, a participação da população tem sido fundamental. “Recebemos muita denúncia, seja pelo Whatsapp, pelo e-mail ou até mesmo pelo 181 (Disque-Denúncia). É o momento em que nós preparamos uma operação e fazemos o levantamento de inteligência, porque temos a intenção não somente de apreender droga, mas de prender as pessoas que traficam ou que plantam”, ressalta o oficial.
A apreensão de drogas no Pará foi bem maior se for considerado que o entorpecente apreendido in natura, como no caso das plantações de Cannabis sativa, a maconha, encontradas principalmente na região nordeste, não entram nos cálculos por quilo, já que o procedimento legal adotado é o registro fotográfico da plantação, a incineração de grande parte do plantio e apresentação de uma amostra na Delegacia de Polícia Civil para elaboração de laudo técnico e a formalização da ocorrência.
Entre 2020 e 2021, as maiores apreensões de droga in natura foram 14 mil pés de maconha no município de Terra Alta; 12 mil em Tomé-Açu e 10 mil pés em Cachoeira do Piriá, três municípios do nordeste paraense.
Ainda de acordo com o coronel Pedro Paulo Celso, responsável por todas as operações da PM no Estado, há fatores que beneficiam o plantio de maconha. “O início do ano é um período em que chove muito, o que favorece o crescimento da vegetação, inclusive da Cannabis sativa. E nós identificamos um quadrilátero de produção nos municípios de Moju, Mocajuba, Tomé-Açu e Tailândia. Em função disso, implementamos uma pressão maior nesses locais”, informou o coronel.
Ele reconhece que os fatores sociais também colaboram para o aumento do plantio da maconha. “Aquelas pessoas que não estão inseridas no mercado de trabalho são cooptadas pelo crime para buscar uma geração de renda. Contudo, nós precisamos fazer o nosso trabalho”, completa.
O coronel destaca que a PM tem investido em equipamentos que possam viabilizar a execução das ações policiais - como a aquisição de viaturas, armamentos, lanchas blindadas e coletes balísticos modernos -, além de cursos operacionais voltados para dotar a tropa de conhecimentos especializados e da reforma e construção de unidades.
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