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Laudo de necropsia de jovem morto na Operação “Eclesiastes” é divulgado

Marcello Araújo, de 24 anos, 24 anos, morreu durante uma operação da Polícia Federal (PF), em Belém, com dois tiros

O Liberal
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O laudo da necropsia da morte do assistente administrativo Marcello Victor Carvalho de Araújo, de 24 anos, que morreu durante operação da Polícia Federal (PF), foi divulgado no inquérito que investiga a morte do jovem, durante a Operação “Eclesiastes”. O laudo aponta que o rapaz, filho de um escrivã da Polícia Civil do Pará, morreu com dois tiros no dia 8 de outubro, quando agentes de segurança entraram no apartamento da família.

O relatório pericial indica que o primeiro tiro foi feito por uma pistola Glock de 9 mm à queima-roupa. O tiro atravessou o queixo de Marcello e se alojou próximo ao ombro, tendo sido deferido de cima para baixo. Esse primeiro tiro não teve capacidade para matar Marcello.

O segundo tiro foi feito com um fuzil a uma distância maior, no sentido de baixo para cima. Conforme o laudo, esse foi um disparo de alta intensidade e teria sido o responsável por ceifar a vida do jovem. O tiro de fuzil atingiu o coração em vários órgãos específicos, como coração e fígado.

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De acordo com o advogado da família Jonhatan da Costa, que teve acesso ao inquérito ao laudo de necropsia, feito pela própria Polícia Federal, o laudo comprovaria as argumentações da acusação. O advogado ainda solicitará oficialmente o laudo para a família, pois só teve acesso no inquérito. “O laudo corrobora que o Marcello em momento algum foi para cima das políticas”, reforça o advogado. A família ainda cobra o laudo da cena do crime, responsável por indicar onde estariam as pessoas durante os acontecimentos.

Na versão dos policiais, Marcello Araújo reagiu durante a operação. Ele teria agredido com um soco um agente, o que teria feito os policiais revidarem. Naquela ocasião, a Polícia Federal a morte de Marcello foi fatalidade como resultado de uma ocorrência da vítima. A Operação “Eclesiastes” visava desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Durante a operação "Eclesiastes" foi preso na casa da família - onde aconteceram os fatos – o suspeito Marcelo Pantoja Rabelo - mais conhecido como 'Marcelo da Sucata'.

A acusação contesta a versão dos policiais. Segundo o advogado da família, não teriam sido encontradas digitais da vítima na arma do policial ou indícios de um soco na mão de Marcello Araújo. Na interpretação da defesa, Marcello já havia sido neutralizado com o primeiro tiro, o que tornaria o segundo tiro injustificável. "O primeiro tiro não foi letal e não matou o Marcello, foi o segundo disparo de fuzil que foi o mais enérgico. Não precisaria desse segundo disparo para contê-lo”, argumenta o advogado da família Jonhatan da Costa.

Costa pretende se reunir na próxima semana com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) – responsável pelo caso – para alinhar algumas questões da acusação. O advogado informou ainda que a mãe da vítima continua muito abalada pela forma como perdeu o filho.

A reportagem da redação integrada do Grupo Liberal solicitou nota da Polícia Federal (PF) sobre o laudo e o inquérito que investiga a morte de Marcello Araújo

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