Incêndio no 'Lixão do Aurá' está controlado, diz Corpo de Bombeiros
Em entrevista ao Grupo Liberal, o tenente Raimundo Felipe Tavares Maciel disse que o fogo foi contido por volta das 8h desta quarta-feira (11/6)

O incêndio de grande proporção que atingiu uma área no Aterro do Aurá, popularmente conhecido como "Lixão do Aurá", em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, já foi controlado. É o que afirma o tenente Raimundo Felipe Tavares Maciel, do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), que conversou com o Grupo Liberal nesta quarta-feira (11/6). Segundo ele, o fogo foi contido por volta das 8h. Em nota, o CBMPA disse que suspeitos de envolvimento em crime ambiental no bairro do Aurá, em Ananindeua, foram conduzidos à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) para prestar depoimento. Não houve feridos. A causa do episódio é desconhecida.
“Não tem mais foco de incêndio. As fumaças são em virtude da montanha de lixo, que ainda tem poucos resquícios de fogo debaixo dela”, disse ele. Sobre as fumaças vistas na Grande Belém, o tenente Felipe assegurou que elas devem diminuir, já que o CBMPA controlou o sinistro. Até agora, a causa do incêndio não foi revelada. “Só a perícia elucidará os fatos”, informou.
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Os militares, ainda de acordo com o tenente Felipe, foram acionados ao caso por volta das 19h de terça-feira (10/6). Maciel conta que, quando o Corpo de Bombeiros chegou ao aterro, “tinham poucos focos” de incêndio. O trabalho seguiu durante a madrugada desta quarta (11/6) e contou com “uma ação integrada entre os bombeiros e a empresa”, que obteve “sucesso nas ações”.
Questionado sobre a dinâmica da atuação dos militares na ocorrência, o tenente Felipe disse: “temos duas equipes do quartel da região com viatura e maquinário pesado atuando que ficarão até o final do evento. A área está isolada e cerca de 40 pessoas estão trabalhando”.
Ainda conforme o comunicado do Corpo de Bombeiros, equipes do Núcleo de Crimes Ambientais, da Polícia Científica do Pará, "realizaram perícia na área do Lixão do Aurá para verificar o descarte irregular de resíduos".
Moradores relatam incômodo da fumaça
Por volta de 9h30 de quarta (11/6), a reportagem esteve no local e constatou a presença de muita fumaça. O aposentado Ilson Bahia da Conceição, que reside no bairro há pelo menos 30 anos, falou sobre os transtornos causados pelo incêndio. Ele afirma que percebeu o fogo por volta das 18h de terça (10/6). “E é muita fumaça, muita fumaça e não tem como o cara viver dentro da casa e não pode. É que entra para dentro da casa da pessoa. Tem uma senhora que não pode sentir cheiro de fumaça. Ela se sufoca e dá uma fadiga”, contou.
Sérgio Rodrigues, outro morador, pontuou que a situação no local “estava pior” na terça (10/6) e que melhorou no dia seguinte.
O caso
O incêndio no Aterro do Aurá começou na terça-feira (10/6). Vídeo que circula nas redes sociais mostra que o fogo já em estava em grande proporção em um momento onde ainda não tinha escurecido.
Ao longo da madrugada desta quarta (11/6), vários moradores de Belém registraram em diferentes bairros da capital. A fumaça foi vista e sentida inclusive em áreas do centro. Entretanto, ainda não foi confirmado oficialmente se toda essa fumaça foi causada apenas pelo incêndio no Aurá.
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