Fumaça em Belém? Incêndio no Aterro do Aurá pode ser causa de 'fumaceira' na cidade; entenda
De acordo com moradores de proximidades do Lixão do Aurá, o incêndio teria iniciado no final da tarde de terça (10/6)

Um incêndio de grande proporção atingiu uma área do Aterro do Aurá, popularmente conhecido como "Lixão do Aurá", em Ananindeua, na região Metropolitana de Belém. As autoridades foram acionadas ao caso na noite desta terça-feira (10/6), por volta das 19h, a partir do acionamento do Centro Integrado de Operações (CIOp). Entretanto, há relatos de moradores que o sinistro começou mais cedo do que isso. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que o fogo já em estava em grande proporção em um momento onde ainda não tinha escurecido. Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) disse que suspeitos de envolvimento em crime ambiental no bairro do Aurá, em Ananindeua, foram conduzidos à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) para prestar depoimento. Não houve feridos. A causa do episódio é desconhecida.
"A PM foi acionada via Ciop para dar apoio ao Corpo de Bombeiros em uma ocorrência de incêndio que se alastrou", explicou o Ciop na manhã desta quarta-feira (11/6). Segundo os bombeiros, o incêndio foi controlado nesta quarta-feira (11/6), por volta das 8h
Ao longo da madrugada, vários registros de fumaça foram registrados por moradores de Belém em diferentes bairros da cidade. A fumaça foi vista e sentida inclusive em áreas do centro. Ainda não foi confirmado oficialmente se toda essa fumaça foi causada apenas pelo incêndio no Aurá.
De acordo com moradores das proximidades do Lixão do Aurá, o incêndio teria iniciado no final da tarde de ontem. Dois carros do Corpo de Bombeiros foram acionados e atendem a ocorrência.
Ainda conforme o comunicado do Corpo de Bombeiros, equipes do Núcleo de Crimes Ambientais, da Polícia Científica do Pará, "realizaram perícia na área do Lixão do Aurá para verificar o descarte irregular de resíduos".
Prefeitura de Belém
A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que "as causas do incêndio que ocorre no momento no Aterro do Aurá serão investigadas pelos órgãos competentes, como Corpo de Bombeiros e Polícia Científica. No entanto, a Sezel ressalta que a segurança da área é de responsabilidade da empresa Ciclus, que administra o local mediante contrato de licitação".
"A Prefeitura de Belém vai exigir da empresa explicações sobre o caso e solicitar o aumento da segurança e fiscalização da Ciclus no local", finaliza a nota.
Ciclus Amazônia
Em nota, a Ciclus Amazônia, responsável pela gestão de resíduos sólidos em Belém, informou que o incêndio registrado recentemente ocorreu no chamado “Pátio 1” do Aterro do Aurá, área não operada pela Ciclus e historicamente marcada por ocupações irregulares, segundo as autoridades de segurança, associado à atuação de organizações criminosas.
"Assim que tomou conhecimento do incidente, a Ciclus Amazônia acionou o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura de Belém e as forças de segurança, prestando total apoio às ações de contenção das chamas. Ninguém ficou ferido. Desde então, a empresa segue colaborando com as autoridades na apuração dos fatos e permanece à disposição para fornecer todos os esclarecimentos necessários.", pontua a nota.
"Além disso, a companhia cumpre rigorosamente as normas ambientais e está com pedido de licenciamento ambiental para encerramento e remediação da área junto aos órgãos competentes, bem como segue, também, com o licenciamento do novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da Região Metropolitana de Belém. A estrutura contará com sistemas modernos de tratamento de chorume, impermeabilização com materiais geossintéticos e captação de biogás, com possibilidade de aproveitamento energético, seja para a produção de eletricidade ou biometano. Ambos os projetos seguem as melhores práticas de engenharia, normas técnicas e legislações ambientais aplicáveis.", acrescenta.
"Por fim, a Ciclus Amazônia reitera seu compromisso com a legalidade, a responsabilidade socioambiental e a transparência, e repudia qualquer tentativa de associação indevida com o incêndio, no qual apenas se envolveu para controlar e extinguir em respeito e proteção ao restante da área e das vizinhanças.", finaliza.
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