Incêndio no Jurunas: casa de madeira é consumida por fogo na tarde desta segunda (26)

Uma casa de madeira foi consumida por chamas, na tarde desta segunda-feira (26), na Avenida Bernardo Sayão, entre as ruas dos Caripunas e dos Pariquis, no bairro do Jurunas, em Belém. Mais dois imóveis foram atingidos pelo fogo, mas somente a residência ‘principal’, localizada na parte superior, foi atingida pelas chamas e teve perda total. O Corpo de Bombeiros Militar conseguiu conter o incêndio, mas a rede elétrica chegou a ser danificada com o fogo. Não houve vítimas, apenas perda material. 

VEJA MAIS

Segundo informou o capitão Waldemar Souza, do Corpo de Bombeiros,  30 militares e quatro viaturas - sendo a maior com 30 mil litros de água - foram utilizadas para conter o fogo da residência de dois pavimentos. “O fogo já havia consumido a residência por volta das 15h, quando a equipe chegou ao local. Conseguimos conter as chamas antes que elas se espalhassem, inclusive para trás.  Três estruturas foram atingidas, mas a casa do meio foi a mais prejudifcada com perda total”, afirmou. 

Waldemar contou ainda que o transformador elétrico já havia disparado antes da chegada dos bombeiros, fazendo com que o quarteirão ficasse sem energia. Ele informou que a Equatorial foi comunicada para restabelecer o abastecimento de luz na área. No começo do incêndio, os moradores saíram rapidamente da residência e, junto com os vizinhos, ajudaram a combater o fogo no primeiro momento. A guarnição atuou exaustivamente para que o incêndio não alastrasse para uma oficina de carro - a direita da residência - e um mercado do bairro - a esquerda.  

O barbeiro Leandro Passos, o pai e um tio moravam na casa atingida parcialmente pelo fogo. A família conseguiu sair a tempo, mas foram perdidos móveis, documentos e roupas. Todos estavam visivelmente abalados, pois a residência era o único imóvel que eles tinham.  

“Tudo começou por volta das 14h e a gente não sabe direito ainda [como começou o fogo], mas a gente questiona questão de curto circuito. Foi tudo muito rápido, não deu nem como perceber o que estava acontecendo, foi em menos de 20 minutos que conseguimos sair e se salvar. É muito triste, fomos criados aí”, disse à reportagem enquanto apontava para a casa destruída.

Enquanto os bombeiros trabalhavam para conter a menor possibilidade de foco de incêndio nos três pavimentos, Jonas Gomes da Silva, tio de Leandro, contava com a ajuda dos vizinhos para retirar do imóvel o que sobrou após o incêndio: pedaços de vidros - que pertencia a um comércio localizado no pavimento de baixo- , cilindro de água e duas cadeiras de plástico.  

Na parte de baixo da casa funcionava um ponto de venda de açaí e, atrás, uma loja de roupas. Os dois pontos comerciais eram de propriedade da mãe de Cleice. Ela, que trabalhava com a venda das roupas, informou que o prejuízo foi grande, já que quase todas as camisas e outras peças foram atingidas pelas chamas. Por muito pouco, Cleice e os funcionários não foram vítimas do incêndio. Isso porque, o teto de madeira do comércio servia de “piso” para a casa de cima - onde foi dominado pelo fogo. 

Assim que a área foi liberada pelos bombeiros, o corpo de engenharia da Defesa Civil Municipal iniciou uma vistoria nos imóveis. Até o momento que a reportagem do O Liberal esteve no local apurando, não souberam informar se há risco de desabamento. 

A coordenação do Centros de Referência em Assistência Social (Cras) Jurunas foi até o local para realizar os primeiros atendimentos às famílias atingidas. Os bombeiros não souberam informar a causa do incêndio.