CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
logo jornal amazonia

Detento do Complexo de Santa Izabel escreve mais de 40 livros na prisão

Escritos a mão e feitos artesanalmente, ele é autor de textos nos gêneros de comédia, ficção, terror e até infantis

Redação Integrada, com informações da Agência Pará
fonte

Preso há 13 anos por ousados assaltos a bancos, Antônio Carlos Almeida, de 52 anos, surpreende pela "virada" que empreendeu em sua vida. Dentro do cárcere, ele escreveu mais de 40 livros, nos gêneros de comédia, ficção, terror e até infantis. 

Todos os livros são manuscritos, feitos artesanalmente em cadernos de brochura. Interessado em ver suas histórias publicadas, ele já digitalizou seis textos usando os computadores da unidade prisional destinados às aulas da faculdade. Atualmente, Antônio cursa Teologia dentro do Centro de Recuperação Penitenciário Pará II (CRPP II).

Antônio Almeida foi preso pela primeira vez em 1995, logo foi solto mas voltou a ser detido em 2003, e de novo não demorou a sair da prisão, até que foi flagrado em assaltos mais graves, cometidos contra instituições bancárias, pelos quais responde até então. Ele admite que falhou em várias frentes da vida social.

"Para mim, o cárcere é bom porque nós devastamos vidas e famílias, mexemos com a estrutura econômica de um Estado, na realidade a gente merecia ser isolado e ter a chave jogada fora. Mas o que é oferecido aqui é de qualidade, da saúde ao estudo'', disse ele que fez todo o ensino médio, inclusive sendo aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando ingressou no nível superior.

Privado do direito da liberdade de ir e vir, o detento diz que o ato de escrever funciona como uma terapia e sonha em lançar suas histórias. São 10 livros de comédia, 12 de terror, vários infantis e de ficção. 

A técnica pedagoga e chefe de reinserção social no CRPP I (onde o detento esteve sob custódia), Ivanilsa Aguiar, de 44 anos, acompanha a trajetória e elogia sua atitude. "O seu Antônio é um grande exemplo para nós porque ele fez o fundamental, terminou o ensino médio e agora está na faculdade. É um exemplo de mudança, de transformação e isso tudo se deu através da educação", destacou.

Para Antônio, é um privilégio ter o auxílio de educadores dentro do presídio. "Eu digo que eles foram como os meus pais no cárcere. Então é como um jogo: goleiro, zagueiro, volante. Nós jogamos juntos e chegamos onde eu cheguei", disse ele.

De acordo com a Diretoria de Reinserção Social (DRS), alguns projetos têm contribuído para um melhor nível de sociabilidade dos internos. Do total de 4.801, 3.027 estudam e 1.774 trabalham.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Polícia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍCIA

MAIS LIDAS EM POLÍCIA