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Delegado-geral da PC aponta envolvimento de cinco pessoas na morte de menina no Marajó

A informação foi confirmada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende de Almeida, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (13).

Saul Anjos/ Especial para O Liberal

Cinco pessoas são investigadas pela morte da menina Amanda Ribeiro, 10 anos, no município de Anajás, região do Marajó. A informação foi confirmada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende de Almeida, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (13). O suspeito de ser o mandante do crime morreu em confronto com a Polícia Militar no último domingo (12). Outro suspeito foi preso e uma adolescente de 16 anos foi apreendida. A morte da criança possivelmente tem a ver com o tráfico de drogas. 

O governador Helder Barbalho comunicou pelas redes sociais que um homem, identificado como Jobson da Silva Miranda, foi preso pela PM. O mandante do crime teria sido Josuel dos Santos Gomes, que morreu em confronto com agentes de segurança.  Ao ser questionado sobre quantas pessoas foram detidas, o delegado comunicou o suposto envolvimento de mais duas pessoas e que as investigações continuam. 

“Seriam três. O mandante que reagiu à prisão e morreu, a adolescente de 16 anos, que conhecia bem a Amanda, e o Jobson, já autuado em flagrante homologado pela Justiça. Na nossa investigação ainda tem a possibilidade da participação de mais duas pessoas. Nós já estamos realizando as diligências, tentando o quanto antes realizar a prisão deles”, reiterou Resende. 

Nas investigações foi levantada a hipótese de que a morte de Amanda teria sido ocasionada por uma dívida ou rixa entre o pai da criança e traficantes da região do Marajó. 

No entanto, o delegado-geral limitou-se ao dizer que o crime tem a ver com o tráfico de drogas, sem dar muitos detalhes. O caso está sendo tratado em segredo de Justiça. “Infelizmente a menor perdeu a sua vida em razão de desentendimento de tráfico de drogas lá naquela área. O pai teria, de alguma forma, participação no mundo do tráfico”, esclareceu. 

Além disso, o delegado complementou que a partir de informações e imagens de câmeras de segurança, as buscas foram intensificadas. “Numa dessas diligências, conseguimos visualizar a Amanda na companhia de uma outra menor. Através desse último contato, conseguimos encontrar o irmão dessa menor e a diligência prosseguiu finalizando toda dinâmica do crime.  Antes de ser morta, ela ficou em cativeiro por, pelos menos, dois dias. Certamente, ela sofreu diversas agressões físicas e psicológicas”, constatou.

A suspeita de abuso sexual será confirmada após a divulgação do laudo. “Apesar de informações já nos levantarem a possibilidade, também, de crime sexual a gente vai aguardar o laudo da Polícia Científica para comprovar”, concluiu. 

 

DESAPARECIMENTO E LOCALIZAÇÃO 

Amanda desapareceu na última terça-feira (7), por volta de 10h, ao sair de casa e não foi mais vista. A mãe da menina afirmou que estava no trabalho no momento do desaparecimento.

A mãe de Amanda disse que a filha costumava sair sozinha para locais próximos de onde mora e que só soube do desaparecimento quando a irmã mais velha chegou da escola. “Ela perguntou o motivo pelo qual ela havia faltado a aula, foi então que percebemos que ela havia desaparecido e começamos a procurá-la. Estamos muito preocupados e pedimos que as pessoas nos ajudem a localizá-la”, falou a mãe da criança.

Um dos outros três filhos da mulher disse que ouviu a menina se arrumando para sair de casa.

 O Ministério Público do Pará (MPPA), junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), ao Corpo de Bombeiros, ao Conselho Tutelar e à Divisão de Atendimento a Adolescentes (DATA) mobilizaram ações para encontrar a criança.

Segundo o MPPA, o Promotor de Justiça Harisson Bezerra, titular de Breves e também responsável pela Promotoria de Anajás, acionou o grupamento de Bombeiros de Breves para que uma guarnição, por meio de lancha, iniciasse as buscas nos rios que cercam a cidade.
Também foi solicitada uma equipe especialista em busca de crianças desaparecidas da Divisão de Atendimento a Adolescentes (DATA). Ambas as demandas foram atendidas pela Segup. 

O corpo de Amanda foi encontrado amarrado num trapiche às margens do rio Anajás, por volta de 15h deste último sábado (11). 

 

AJUDA NAS INVESTIGAÇÕES

Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.

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