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Cemitério clandestino é descoberto em Ananindeua; quatro corpos já foram encontrados

Descoberta foi feita enquanto bombeiros procuravam pelo corpo de um bombeiro desaparecido

Ana Laura Carvalho / O Liberal

As buscas por Alan Tadeu Neco Vieira, 26, soldado do Corpo de Bombeiros do Pará, fizeram as autoridades policiais encontrarem na tarde desta sexta-feira, 11, um cemitério clandestino, localizado numa área de mata atrás do conjunto habitacional Maguari-Açu, em Ananindeua. No local, foram encontrados quatro corpos enterrados, dois deles identificados. O primeiro era do militar Alan, que estava desaparecido desde o último sábado, 5. O segundo cadáver era do jovem Rômulo Matheus Farias Xavier, 23, desaparecido desde a sexta-feira passada, 4.

De acordo com informações repassadas por policiais militares, a descoberta do cemitério clandestino foi possível depois que o serviço de inteligência da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros rastreou o aparelho celular do soldado Alan. Além dos dois corpos identificados, um casal também foi encontrado enterrado, já em avançado estado de decomposição. Segundo o tenente Cunha, da PM, os dois corpos foram encontrados amarrados. “Não foi possível identificar se eles tinham alguma marca de violência e como poderiam ter sido mortos, porque havia muita terra em cima. Só o decorrer das investigações e da perícia vai poder chegar a um desfecho desses casos”, explicou.

Cemitério clandestino é descoberto em Ananindeua; quatro corpos já foram encontrados

Os desaparecimentos de Alan e Rômulo chamam atenção da polícia por haver semelhança na forma como tudo aconteceu. Alan estava na companhia de uma mulher, no último sábado, 5, num bar em Ananindeua, onde foi visto pela última vez. A família foi informada do sumiço do militar no domingo, 6, quando ele não se apresentou para trabalhar, no Aeroporto Internacional de Belém. A moto dele foi encontrada abandonada na avenida Tavares Bastos, no bairro do Souza.

Rômulo também sumiu após sair na madrugada da sexta-feira, 4, para encontrar, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, uma mulher que teria conhecido pela internet e com quem estava se relacionando. Ele não retornou para a casa da família, e a moto em que ele estava foi encontrada abandonada no Icuí.

Moradores da área, que é considerada zona vermelha e dominada pelo tráfico, segundo a polícia, disseram que, provavelmente, os corpos são enterrados durante a madrugada. “De dia eles não fizeram isso aqui, porque vem muita gente trazer passarinho e, por causa disso, é bem movimentado. E para vir aqui, tem que conhecer, porque é uma área de difícil acesso e muito perigosa”, disse um morador, que não quis se identificar.

Outro morador afirmou que, na última segunda-feira, 7, observou uma movimentação intensa na estrada de terra, localizada a pouco mais de um quilômetro da BR-316, que leva até o cemitério clandestino. Segundo ele, além dos corpos, os criminosos também deixam “olheiros” dentro das matas. “Sempre tem gente dentro dessa mata aí que fica encarregada de avisar sobre a movimentação aqui. Se a polícia aparecer ou se alguém mexer, eles sabem de tudinho”, revelou.

A polícia não descarta a possibilidade de haver outros corpos na área, onde as buscas devem continuar para que seja identificado um possível tribunal do crime. Em nota enviada no final da noite desta sexta-feira, o Corpo de Bombeiros informou que Alan Tadeu Neco Vieira fazia parte do efetivo da 1ª Seção de Combate a Incêndio (1ª SCI). A instituição disse que se solidariza com a família, amigos e colegas da corporação.

A Polícia Civil informou que uma força-tarefa foi montada pela PC, PM, Centro de Perícias Renato Chaves e o Corpo de Bombeiros para apurar o caso de forma célere. A instituição pede que qualquer informação que possa ajudar na elucidação do caso, seja repassada para o Disque-Denúncia, através do número 181. O sigilo é garantido.

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