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Caso juíza Monica de Oliveira: confira o depoimento do juiz registrado no boletim de ocorrência

O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior relata discussão com a esposa na noite anterior à que ele levou o corpo dela à delegacia

O Liberal

O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Belém, que levou o corpo da esposa, Monica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira, também juíza, até a Divisão de Homicídios, localizada no bairro de São Brás, em Belém, após tê-la encontrado morta dentro de seu carro, detalhou as primeiras informações sobre o caso em boletim de ocorrência, registrado às 7h56 da manhã desta terça-feira (17).

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Segundo o documento, os juízes tiveram uma discussão, ainda na noite da última segunda-feira (16). Por volta das 22h30, Monica teria arrumado as malas e descido até o estacionamento do prédio do casal, dizendo que iria viajar. Por volta das 6h40 da manhã desta terça-feira (17), conforme consta no B.O, quando iria sair para trabalhar, João não teria encontrado a chave de seu carro.

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Ele, então, teria pego a chave reserva para sair para trabalhar. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ao chegar na garagem onde o veículo estava estacionado, a porta do automóvel se encontrava aberta, o que teria levado o magistrado a pensar que sua esposa havia passado a noite dentro do veículo.

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No boletim de ocorrência, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirma que o caso ocorreu em um prédio residencial. Porém, a administração do condomínio afirma que não há registro de entrada ou saída do magistrado. Ele não moraria lá há mais de cinco anos.

“Mas, ao aproximar-se, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo do relator (João), que sempre fica guardada dentro do carro”, diz o documento.

O juiz teria observado que o corpo de Monica Maria estava enrijecido, frio e tinha sangue saindo da boca, finaliza o B.O.

Foi neste momento que o magistrado teria entrado no veículo, com o corpo dentro, e se deslocado até a Divisão de Homicídios, onde foram tomadas as providências cabíveis. O documento não esclarece, porém, sobre o porquê de o juiz João Augusto ter tomado tal atitude.

Conforme consta no boletim de ocorrência, tudo teria se passado no Edifício Rio Miño, na avenida Gentil Bittencourt, nº 1226, em Nazaré, bairro nobre de Belém. Porém, procurada pela reportagem, a administração do condomínio negou que o caso tenha ocorrido lá. Inclusive garantiu que nem João e nem Monica moravam lá.

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O gerente do condomínio Rio Miño, Anderson Souza Alves, afirmou, por telefone, que o juiz João Augusto não mora no prédio há pelo menos cinco anos. E nunca viu ou ouviu falar da juíza Monica. Ele informou que conversou com os porteiros e moradores.

Não houve nenhum registro de entrada ou saída dos juízes, nem mesmo como convidados ou moradores. Também não houve qualquer ocorrência notada, como barulhos estranhos, brigas, muito menos o barulho de um tiro.

Na tarde desta terça-feira (17), na Divisão de Homicídios, a reportagem conseguiu apurar que o caso, na verdade, teria ocorrido no Edifício Real Dream, que fica na travessa Três de Maio, 1200, bairro de São Brás, em Belém. A Polícia Civil acredita que pode ter ocorrido um erro no cadastro do documento.

A reportagem de O Liberal entrou em contato com a Polícia Civil, por meio de sua assessoria de comunicação, e aguarda retorno com esclarecimentos sobre esses pontos. A reportagem também tenta localizar a defesa do magistrado, para ouvir sua versão sobre o caso.

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