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Casos de feminicídio sobem na Grande Belém desde o início do ano

Segup informou que de janeiro a outubro foram computadas nove ocorrências de feminicídio em Belém, e no mesmo período de 2020, foram três ocorrências

O Liberal

O ano nem acabou, mas a Grande Belém já tem um triste recorde batido: os casos de feminicídio aumentaram. Nas últimas semanas, Édrica Silva, que tinha apenas 19 anos, foi atingida por três tiros na noite de 11 de novembro. O principal suspeito, Edisandro de Jesus da Costa, de 32 anos, se entregou à polícia na tarde do dia 22.

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Há quase três meses, outro crime chocou a população. A jovem Geordana Natally Sales Farias, de apenas 20 anos, foi morta a facadas no dia 1º de setembro, na Cidade Nova, em Ananindeua. O crime foi em uma viela que liga a We-82 e a We-83. O responsável pelo crime foi preso. Lúcio Magno Quadros era ex-namorado da moça.

Desde 2015, assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero são reconhecidos juridicamente como feminicídio, isto é, quando a vítima é morta por ser mulher. Neste ano, a Lei do Feminicídio entrou em vigor determinando que, quando o homicídio é cometido contra uma mulher, a penalidade é maior.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informou que de janeiro a outubro foram computadas nove ocorrências de feminicídio em Belém, e no mesmo período de 2020, foram três ocorrências. Em Ananindeua, já foram registrados três feminicídios. Ano passado, foram quatro.

Queda no Estado

Em todo o Estado do Pará, no período de janeiro a outubro de 2020, foram registrados 58 ocorrências de feminicídio. Já em 2021, no mesmo período, foram 56 ocorrências, representando uma queda de quase 4%, informa a Segup.

Manifestação

Na manhã da última quinta-feira (25), diversas representantes de movimentos sociais se reuniram em um ato público organizado pela Frente Feminista do Pará na praça Felipe Patroni, na Cidade Velha, em Belém. A iniciativa visou chamar atenção para as diversas violências sofridas pelas mulheres em território paraense e protocolar um pedido de audiência no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para discutir o problema.

A data escolhida para o manifesto faz alusão ao Dia Latino Americano pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado no dia 25 de novembro. "Essa é uma data simbólica para nós dos movimentos de mulheres, movimentos feministas, porque é uma data que marca um dia de luta mundial internacional contra a violência doméstica e sexual contra as mulheres. E a gente, da Frente Feminista, veio aqui para dizer não à violência contra as mulheres, que foi algo que aumentou durante a pandemia", explica Eunice Guedes, integrante da comissão organizadora do evento e da Frente Feminista e do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense.