“Raio que o Parta”: from valueless Architecture to cultural heritage
“Vá para o raio que o parta!” [“Go to hell!”] is an expression that conveys anger and outrage, used when one wants to send someone “far away.” However, in Pará and especially in Belém, it may mean something quite different: a form of cultural heritage. It is an architectural style that emerged in Belém between the 1940s and 1960s, associated with modernism, a movement widely adopted in the architecture of the period. Raio que o Parta sought to incorporate modernist elements into local constructions, adapting them to regional realities and enabling their assimilation by more popular social strata. Its main characteristic was the use of colorful ceramic tile fragments applied to house facades, forming mosaics, generally with geometric patterns. Many of these fragments took on triangular shapes, evoking the image of lightning bolts. LIBERAL AMAZON “Vá para o raio que o parta!” é uma expressão que indica raiva e indignação, quando se quer mandar alguém para “bem longe”. Contudo, no Pará, e, principalmente, em Belém, pode significar algo bem diferente: um patrimônio cultural. Trata-se de um estilo arquitetônico surgido em Belém, entre as décadas de 40 e 60, associado ao modernismo, movimento adotado na arquitetura da época. O Raio que o Parta buscava trazer os elementos do modernismo às construções locais, com adaptações à realidade da região e sua assimilação pelas camadas mais populares. Sua principal característica era o uso de cacos de azulejos coloridos, aplicados nas fachadas das casas, formando mosaicos, em geral com formatos geométricos. Muitos deles tinham formatos triangulares, lembrando o desenho de raios.



