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Tuberculose: Pará registrou 4.796 novos casos em 2022; doença se mantém estável no Pará, diz Sespa

Doença é uma das principais causas de morte por um único agente infeccioso em todo o mundo; Dia Mundial da Tuberculose é nesta sexta-feira (24)

Dilson Pimentel
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Em 2022 foram confirmados 4.796 novos casos de tuberculose no Pará. Uma média de 57,0 casos novos para cada 100 mil habitantes. Em 2021, foram 4.581 casos e, em 2020, 4.572. Atualmente, 60% dos registros notificados estão concentrados nas regiões Metropolitana I, II e III. Os dados da doença se mantêm estáveis no Pará, ainda segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

A Região Metropolitana I é formada por Belém, Benevides, Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara do Pará. A Região Metropolitana II é composta por Acará, Bujaru, Colares, Concórdia do Pará, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, Tomé-Açu, Vigia, Santa Isabel do Pará.

E a Região Metropolitana III engloba Aurora do Pará, Castanhal, Capitão Poço, Curuçá, Garrafão do Norte, Igarapé-Açu, Inhangapi, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Nova Esperança do Piriá, Paragominas, Santa Maria do Pará, São Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta, São Miguel do Guamá, Terra Alta, Ulianópolis.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a tuberculose é uma das principais causas de morte por um único agente infeccioso em todo o mundo, além de ser a principal causa de morte também entre as pessoas que vivem com HIV/Aids. A coinfecção HIV/Tuberculose preocupa as autoridades sanitárias. Por isso também é importante que se faça o teste de HIV em todos os casos positivos de tuberculose.

E, em alusão ao Dia Mundial da Tuberculose, nesta sexta-feira (24), a Sespa organizará em Belém três momentos para mostrar a importância da prevenção à doença: a reunião do Comitê Estadual de Tuberculose e HIV/Aids; o seminário com o tema “Eliminar a Tuberculose como problema de saúde pública” e o apoio às ações de prevenção - este último será na manhã do próximo domingo (26), no complexo do Ver-o-Peso, em Belém.

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Doença pode ser curada com medicamentos distribuídos gratuitamente pelo SUS

O objetivo é conscientizar a população sobre a doença, que pode ser prevenida, tratada e curada com medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É muito importante que o paciente diagnosticado seja acompanhado durante os seis meses de tratamento com o esquema básico, preferencialmente por tratamento diretamente observado, para êxito e cura do caso”, diz o coordenador estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Cleison Martins.

O serviço está implantado nas unidades Básicas de Saúde dos 144 municípios do Pará. Apesar do principal meio de transmissão da doença ser por vias aéreas, a bactéria Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) pode entrar na corrente sanguínea e infectar outros órgãos, mesmo sem se manifestar. 

Tuberculose acomete principalmente as vias respiratórias e os pulmões

O pneumologista Carlos Alberio disse que a vacina BCG é realizada somente em crianças menores de 5 anos de idade. E confere proteção contra as formas graves da doença (tuberculose disseminada e meningite tuberculosa). A vacina não evita que a pessoa seja infectada e desenvolva a doença. A tuberculose acomete principalmente as vias respiratórias e os pulmões (tuberculose laríngea e pulmonar) em cerca de 85% dos casos.

Nos outros 15% pode haver acometimento de outros órgãos e estruturas como pleura, gânglios, ossos, sistema nervoso central, rins, intestino. A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa está com tuberculose pulmonar, ao tossir, espirrar ou falar, há eliminação de bactérias no ar sendo inaladas por outra pessoa que fica sujeita ao desenvolvimento da doença.

“Ou seja, a transmissão é respiratória, semelhante ao Covid-19, e sempre de uma pessoa doente para uma pessoa sadia”, explicou o pneumologista. Entre os sintomas estão febre baixa (geralmente no final da tarde e início da noite - febre vespertina), suores excessivos principalmente à noite (sudorese noturna), perda de peso, tosse seca ou com expectoração, escarros com sangue (hemoptise), dor torácica e, nos casos mais graves, falta de ar.

Mas a doença pode se apresentar somente com tosse. “Portanto, se uma pessoa apresenta tosse por tempo prolongado (3 semanas) deve sempre ser realizada a investigação para tuberculose”, disse.

O diagnóstico é realizado por meio de exames no escarro onde se procura identificar a presença da bactéria. O melhor exame é o teste rápido molecular que detecta o material genético da bactéria no escarro. O tratamento é realizado por uma combinação de antibióticos que devem ser utilizados por um período de seis meses.

“É importante que o paciente realize o tratamento até o final porque se não completar o tratamento há um alto risco de recaída de doença e da bactéria ficar resistente aos antibióticos utilizados”, disse o dr. Carlos Alberio.

Tuberculose em números:

2020: 4.572 casos

2021: 4.581

2022: 4.496

Onde tratar:

O tratamento da tuberculose acontece em todas as unidades municipais de saúde e a estratégia de saúde da família faz o tratamento e o acompanhamento da doença. No entanto, nos casos da tuberculose resistente aos medicamentos, os pacientes são encaminhados ao Hospital Barros Barreto, em Belém.

Fonte: Sespa

 

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