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Sintepp denuncia possível retorno das aulas presenciais em Melgaço

Secretaria de Educação do município diz que estuda retomada a partir de abril

Dilson Pimentel
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A subsede do Sindicato dos  Trabalhadores em  Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) de Melgaço, na ilha do Marajó, solicitou, na segunda-feira (15), audiência com o prefeito após receber informações sobre o possível retorno das aulas presenciais no município. O sindicato disse ter sido informado, “por algumas autoridades locais, que a Prefeitura de Melgaço estaria impondo o retorno presencial das atividades letivas justamente na pior fase da pandemia de covid-19".

Conforme informações oriundas da própria Secretaria de Educação de Melgaço, informou o Sintepp, as aulas presenciais começariam no próximo dia 22 de março e funcionariam em regime de rodízio de 50% de cada turma por dia. E, ao tomar conhecimento da situação, os coordenadores da subsede do Sintepp em Melgaço imediatamente solicitaram uma reunião com o prefeito, Tica Viegas (PSDB), para tratar do assunto.

O Sintepp afirma ser totalmente contra o retorno presencial das atividades letivas nesse que é certamente a pior fase da pandemia de covid-19 no país, na qual a média de mortes ultrapassa a casa das duas mil pessoas e o Pará é um dos Estados com maiores taxas de contaminação e de ocupação de leitos hospitalares  Ainda segundo o Sindicato, a decisão da Prefeitura de Melgaço vai na contramão de todas as iniciativas das autoridades municipais e estaduais do país que vêm buscando restringir a circulação de pessoas e aumentar os índices de isolamento social, como é o caso da região metropolitana de Belém.

“É importante ressaltar que o município de Melgaço não possui estrutura hospitalar para enfrentar um novo surto de covid-19, pois todos os casos precisam ser absorvidos pelo Hospital Regional do Marajó, localizado em Breves, e pela rede hospitalar da capital do Estado. Além disso, no ano passado, dois professores vieram a óbito em pleno exercício da profissão quando realizavam a entrega de trabalhos escolares aos seus alunos no meio rural durante as atividades do ensino remoto. Ambos morreram em acidentes de rabetas, meio de transporte comum na região”. O Sintepp afirmou esperar que a Prefeitura de Melgaço reveja seu posicionamento. “Caso contrário, buscará todos os meios jurídicos necessários para reverter a situação”, garantiu.

image Secretaria de educação: Sintepp pede atenção a possível retorno em abril (Prefeitura de Melgaço)

Melgaço diz que estuda possibilidade de aulas a partir de abril


Sobre as informações divulgadas pelo Sintepp, o secretário municipal de Educação de Melgaço, Eder Vaz, informou o seguinte. “Não temos aulas programadas ainda. Estamos estudando a possibilidade de aulas a partir de 5 de abril. E com um terço dos alunos. Caso a pandemia não estabilize, iremos fazer as aulas remotamente, onde os professores irão entregar (as tarefas escolares) nas casas dos alunos. A entrega das apostilas e o recolhimento dos materiais na zona rural serão feitos utilizando nossa rede de transporte escolar”, afirmou.

Ainda segundo o secretário, a informação citada pelo Sintepp refere-se a uma proposta feita em janeiro.  “Mas, com o avanço da pandemia na capital, não será concretizada. Estamos estudando novas ideias para abril”, acrescentou.

 

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