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Santa Casa completa 372 anos de serviços à sociedade nesta quinta (24)

Instituição tem uma média de nascimentos em torno de 800 ao mês.Foram mais de 152 mil de 2001 a 2021

O Liberal
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Esta quinta-feira (24) é um dia muito especial não apenas para os profissionais de saúde, mas também para milhares de pessoas que nasceram na Santa Casa do Pará, que nesta data completa 372 anos de história. Afinal, a instituição notabiliza-se como uma das maiores maternidades públicas da América Latina, de vez que, de 2001 a 2021, por exemplo, 152.865 cidadãos e cidadãs nasceram na SC, de forma gratuita. Instituição tem uma média de nascimentos em torno de 800 ao mês.

Dos 144 municípios paraenses, segundo o último levantamento do IBGE, em 2021, apenas Belém, Ananindeua, Santarém, Marabá, Parauapebas, Castanhal e Abaetetuba teriam mais habitantes que a Santa Casa se ela fosse uma cidade e não uma maternidade, considerando o número de nascimentos no hospital. Em uma comparação com a população estimada de municípios paraenses, conforme divulgação do IBGE no ano passado, o número de crianças nascidas na maternidade da Santa Casa, de 2001 a 2021, supera a população de 137 dos 144 municípios do Pará.

Município mais antigo do Pará, Bragança, no nordeste do Estado, fundada em 1613, possui uma população menor se comparada com o número de nascimentos na Santa Casa, nos últimos 21 anos. Em um comparativo com Mojui dos Campos, os números de nascidos na Santa Casa são nove vezes maiores.

Nascimentos

Para a diretora técnica de Assistência da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, “a Santa Casa, por ser uma instituição secular e o primeiro hospital desse Estado, por si só já tem uma importância muito grande, e, olhando pelo prisma da maternidade, que é a nossa linha de referência para o Estado, tem importância tanto numérica quanto qualitativa à nossa população, porque o número de nascidos é muito expressivo em referência à nossa população”.

Norma Assunção ressalta que "essa instituição tem uma média de nascimentos em torno de 800 ao mês, e ao longo desses anos representa um quantitativo de milhares de vidas que foram recebidas nesta instituição". "Vidas de importância para o nosso País, porque representam um número bem maior do que o existente em vários municípios do nosso Estado", diz a doutora.

Entre os nascidos na Santa Casa do Pará figuram governadores e pessoas influentes nos setores da sociedade. "A valorização do nascimento é um dos maiores nortes da nossa instituição, e temos um caminho muito grande pela frente. Esse hospital tem uma referência grande dentro do nosso Estado”, arremata a médica Norma.

Amor à profissão

O médico Eduardo Amoras, servidor efetivo da Santa Casa, tem uma relação forte com a instituição. “Nasci em abril de 1962 e, naquela época, havia poucos hospitais e maternidades em Belém. Minha mãe relatava que tinha escolhido a Santa Casa porque desde aquela época já havia um padrão de atendimento diferenciado, humanizado. Ela citava muito isso em relação à gestante. Ela contava que teve um parto normal, e foi tudo tranquilo. Eu fui criado ouvindo essa história de ter nascido na Santa Casa”, relata.

Amoras observa que talvez esse tenha sido um dos fatores para a escolha da profissão e a própria especialidade dele: a cirurgia pediátrica. “A nossa Santa Casa, que, salvo engano, é a quarta Santa Casa mais antiga do Brasil, ela não só acolhe, ela também oferece a oportunidade de fazer o atendimento ao SUS, que tantas vidas salva, inclusive, nessa pandemia, muitas vidas foram salvas”, pontua. "Tenho orgulho de ser Santa Casa e fazer parte dessa história e tenho a pretensão de seguir até onde eu conseguir trabalhando nela. Não me vejo aposentado de pijama em casa. Me vejo bem velhinho trabalhando na Santa Casa ou contribuindo de alguma forma para somar no processo de excelência que tanto lutamos e temos que manter”, declara o cirurgião, emocionado.

image Santa Casa do Pará é referência em maternidade na América Latina (Foto: Agência Pará Divulgação)

Já a enfermeira Heliana Moura, atuando no Ambulatório da Mulher, diz que entrou como enfermeira na Santa Casa, em 1984, ainda como estudante de Enfermagem. Ela vislumbrava, então, um dia ser funcionária, e, quando terminou a graduação, foi convidada para trabalhar no hospital. Heliana ingressou na SC aos 23 anos de idade, e permanece na instituição até hoje. Ela fez a graduação, mestrado e doutorado na área da saúde da mulher. Heliana queria e teve os filhos na própria Santa Casa. “Passaram-se 37 anos e eu continuo tendo a mesma paixão pela Santa Casa. As pessoas questionam se ainda não vou me aposentar, e eu respondo que ainda não. Eu ainda me sinto motivada, me sinto disposta, estou aqui dentro do meu hospital que foi o meu primeiro emprego. Então, toda a minha história foi escrita aqui dentro e continua sendo escrita”, diz emocionada a enfermeira e professora universitária.

Referência na Rede Estadual de Saúde Pública à gestação de alto risco, a Santa Casa mantém atendimento porta-aberta 24 horas, recebendo, diariamente, gestantes de todo o Estado. O hospital tem uma infraestrutura de quatro salas cirúrgicas exclusivas para a obstetrícia e 10 salas de PPPs (Pré-parto, Parto e Pós-parto), estruturadas com barra de ling, camas PPP, cavalinho, bolas de pilates, banquetas, disponibilidade de água morna, entre outras condições, onde é trabalhado o parto de forma humanizada.

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