Pará solicita vacinas contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos ao Ministério da Saúde
Vacinação foi aprovada pela Anvisa e o governo aguarda a chegada das doses pediátricas para garantir a imunização de crianças do estado contra o coronavírus causador da covid-19
O Governo do Pará formalizou o pedido de doses pediátricas de vacinas contra covid-19 ao Ministério da Saúde. O ofício, datado de 30 de dezembro, já foi enviado diretamente ao ministro Marcelo Queiroga. O governador Helder Barbalho comunicou a medida pelas redes sociais. O objetivo é reforçar a demanda pelas doses de vacinas com formulação mais adequada para crianças de 5 a 11 anos.
O governador explica que a solicitação do governo do Estado foi feita levando em consideração a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autorizou a aplicação de vacinas para essa faixa etária no dia 16 de dezembro. Tão logo os imunizantes chegarem ao Pará, os municípios poderão divulgar os calendários de vacinação para crianças de 5 a 11 anos. As vacinas já disponíveis só são recomendas para crianças a partir de 12 anos e esse público pode se vacinar normalmente.
"Para que o mais rápido possível o Ministério possa enviar as vacinas para as nossas crianças, levando em consideração a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que autoriza para que esta faixa etária possa ser imunizada, claro, sempre respeitando a decisão dos pais, mas priorizando, acima de tudo, a Ciência, a pesquisa, a análise técnica - e é assim que vamos continuar procedendo no nosso Estado. Bora vacinar!", informou Helder Barbalho.
A autorização veio após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório Pfizer. Segundo a equipe técnica da Agência, as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa. A vacina para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para os maiores de 12 anos.
A formulação do imunizante será aplicada em duas doses de 0,2 ml (equivalente a 10 microgramas), com pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses. A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. Para os maiores de 12 anos, a vacina, que será aplicada em doses de 0,3 ml, terá tampa na cor roxa. A vacina pediátrica também tem esquema de conservação diferente: 10 semanas em temperatura de 2ºC a 8ºC.
Num último comunicado, a Pfizer informou estar adotando todos os esforços possíveis para atender à demanda do Brasil por doses pediátricas. A previsão, por enquanto, é de que as primeiras remessas cheguem ao país até o dia 10 deste mês.
A decoradora de festas Viviane Santos está ansiosa pela possibilidade de imunizar as filhas Maria Eduarda, de 10 anos, e Maria Luiza, de 7 anos. Todos os adultos da família já estão com o ciclo vacinal completo e aguardam a vacinação das meninas para aumentar a proteção de todos. "Apesar de tantas incertezas que temos a respeito desta doença, é maravilhoso ver esta oportunidade chegar às crianças. As minhas filhas, como na minha família, sempre fazemos todas as campanhas de vacinação desde o nascimento. Também incluímos as vacinas que o governo não oferece, pagando particular, se possível for", afirma a decoradora
A pequena Maria Eduarda conta que sente saudades do contato físico com os colegas da escola e da vizinhança. Além disso, não vê a hora de poder brincar de pega-pega, ficar sem máscara e poder abraçar os amigos. Para a mãe, os possíveis efeitos colaterais não são motivos para recusar a vacina. "Como todo remédio, vai possuir efeitos colaterais que varia a cada pessoa. A proibição ou liberação do imunizante para crianças deve ser definida pela ciência e não por mim, que não possuo conhecimento. Se essa permissão existe, é porque já foi estudada e nós confiamos na ciência", acrescenta Viviane.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA