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Pará está na lista de estados em nível alerta de casos de SRAG por influenza A e VSR

A mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças e idoso

O Liberal
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O mais recente Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (6), apontou crescimento contínuo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelos vírus Influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em diversos estados brasileiros. O Pará está entre os 25 estados com incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo.

Além do Pará, a lista inclui Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, apesar da elevação dos casos de SRAG em crianças na maior parte do país, já é possível observar sinais de estabilização ou queda em alguns estados das regiões Centro-Sul e Norte, além do Ceará. “Reforço a importância da vacinação contra o vírus da influenza A, especialmente nas populações mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com comorbidades e gestantes”, afirmou.

Ainda de acordo com a pesquisadora, os casos de SRAG entre crianças de até quatro anos têm sido impulsionados principalmente pelo VSR, mas o rinovírus e a influenza A também contribuem para o aumento dos registros nessa faixa etária e entre adolescentes de até 14 anos. Já entre idosos com 65 anos ou mais, adultos e jovens a partir de 15 anos, a influenza A tem sido a principal responsável pelo crescimento das hospitalizações.

No recorte por capitais, 15 das 27 cidades apresentam níveis de SRAG em alerta, risco ou alto risco com tendência de crescimento: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.

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Cenário epidemiológico

Entre 25 e 31 de maio (Semana Epidemiológica 22), a mortalidade por SRAG foi semelhante entre crianças e idosos. Entre os mais velhos, predominam os óbitos associados à influenza A. Já nas crianças, o maior número de casos e mortes por SRAG tem relação com rinovírus e influenza A.

Em 2025, já foram notificados 83.928 casos de SRAG, dos quais 41.455 (49,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Outros 29.563 (35,2%) foram negativos, e ao menos 7.334 (8,7%) ainda aguardam resultado. Entre os positivos, 45% correspondem ao VSR, 22,8% ao rinovírus, 22,7% à influenza A, 11,1% ao Sars-CoV-2 e 1,2% à influenza B.

Nas últimas quatro semanas, entre os casos positivos, 47,3% foram de VSR, 38,9% de influenza A, 15,9% de rinovírus, 1,7% de Sars-CoV-2 e 0,9% de influenza B. No mesmo período, entre os óbitos registrados, 73,4% foram causados por influenza A, 12,8% por VSR, 10,4% por rinovírus, 5,1% por Sars-CoV-2 e 1,3% por influenza B.

Situação no Pará

No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça a importância da vacinação contra a gripe como principal medida de contenção da doença. De acordo com a pasta, foram notificados 34.588 casos de Síndrome Gripal no estado entre 1º de janeiro e 6 de junho de 2025 — número menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram computados 50.045 casos.

“A Sespa tem fortalecido a vigilância dos Vírus Respiratórios no Pará através de treinamento junto aos Centros Regionais de Saúde (CRS) e municípios, reforçando a importância dos profissionais de saúde estarem sempre atentos quanto ao quadro clínico inicial de síndrome gripal (SG) e manejo adequado dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), além de reforçar junto à população a adoção de medidas de prevenção e controle, para se evitar o agravamento dos casos e consequentemente os óbitos”, explica Adriana Veras, coordenadora estadual de Epidemiologia da Sespa.

Desde o início da campanha de vacinação, em 2 de setembro de 2024, o estado já vacinou 2.065.770 pessoas contra a influenza. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários ainda está em 51%, abaixo da meta de 90%. Entre as crianças, a cobertura é de 66%, e entre os idosos, nenhum município atingiu o índice ideal de imunização.

“Esse período chuvoso favorece a transmissão viral, já que as pessoas permanecem mais tempo em locais fechados e com aglomerações”, alertou Jaíra Ataíde, diretora da Divisão de Imunizações da Sespa. Ela ainda destacou a importância de combater a desinformação: “A verdade é que as vacinas são a principal forma de prevenção contra diversas doenças graves, que podem deixar sequelas e até matar”.

A campanha seguirá ao longo do ano, com a vacina disponível nas unidades de saúde para o público prioritário, que inclui crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, idosos a partir de 60 anos, trabalhadores da saúde, puérperas, professores, povos indígenas, pessoas em situação de rua, forças de segurança, caminhoneiros, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo, portuários e população privada de liberdade, entre outros.

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