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Pará registra 1.961 casos de Aids em 2017

Número corresponde a mais de cinco notificações por dia e é um dos mais altos do país

Thiago Villarins

O Pará registrou no ano passado 1.961 casos de aids, o que corresponde a mais de cinco notificações por dia. O número é um dos mais altos do País, atrás apenas dos identificados em São Paulo  (7.170), Rio de Janeiro (4.390), Rio Grande do Sul (3.316) e Minas Gerais (2.577). Apesar de elevado, o número de detecções de aids no Estado em 2017 é o menor desde 2014 (2.005 notificações) e interrompe cinco anos consecutivas de aumentos. Na passagem de 2016 para 2017, as detecções da síndrome no Estado caíram 13,7% ou menos 312 casos. Os dados são do Boletim epidemiológico HIV/Aids 2018 divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado ontem, 1º de dezembro.

Leia mais: Mortes por Aids no Pará crescem 50% em 10 anos

No mesmo período a taxa de detecção reduziu de aids reduziu de 27,4 casos por cada 100 mil habitantes  para 23,6 - queda de 13,8%, novamente a primeira desde 2012.  Com essa taxa, o Pará desponta com a oitava maior incidência do País. Nas primeiras posições aparecem dois Estados vizinhos: Roraima (36,8) e Amapá (29,8). Em todo o País, os novos números da epidemia revelam que 2017 fechou com 37.791 detecções, correspondente a taxa de 18,3 casos por cada 100 mil habitantes .

No caso nacional, os números têm caído ano a ano desde 2013, quando foi lançada a garantia do tratamento para todos, com a melhoria do diagnóstico e ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. Em 2012, a taxa de detecção de aids no Brasil era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes, índice 15,7% maior que o atual.  No Pará, o movimento foi contrário, com acréscimo de 18,6% na comparação com a taxa de detecção de 2012 (19,9/100 mil).

O levantamento também mostra que o Pará está no grupo das 17 Unidades da Federação (UFs) com aumento da taxa de detecção de aids entre os anos de 2007 e 2017. No início dessa análise, o Estado  contabilizava incidência de 15,2 casos a cada 100 mil, com 1.107 detecções. Ao longo dessa década, o aumento foi de 55%, a quinta maior ampliação da taxa, superado somente por Tocantins (143%), Maranhão (69%), Amapá (68%) e Rio Grande do Norte (68%). Na outra ponta, os principais declínios foram verificados no Rio Grande do Sul (-36,3%), São Paulo (-24,9%) e Distrito Federal (-22,9%). Em todo o País, a pesquisa aponta queda de 9,4%, passando de 20,2 casos por 100 mil para habitantes, em 2007, para 18,3, em 2017.

Dentre as capitais, Belém desponta como a terceira do País com a maior taxa de detecção. O boletim aponta que a cada 100 mil pessoas adultas 51,1 estavam infectadas pela aids em 2017. Cenários mais alarmante só foram constatados em Porto Alegre, com incidência de 60,8/100 mil, e Florianópolis, com 55,7. Para efeito de comparação, a taxa belenense chega ase 3,5 vezes maior que a de Brasília, que registrou o índice de 14,3. Em relação a 2007 (32,3), a taxa de detecção de Belém aumentou 58,2%. Já na comparação com 2016 (56,5), foi anotada uma redução de 9,5%. 

Casos de aids notificados no Pará

2007: 1.107

2016: 2.273

2017: 1.961

2018 (até 30/06): 987

Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids no Pará

2007: 15,3

2016: 27,4

2017: 23,6

Fonte: Ministério da Saúde

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