Pacientes oncológicas fazem manifestação no Ophir Loyola por falta de medicamento
Elas alegam que estão desde novembro sem a medicação utilizada por cerca de 500 pacientes para o tratamento do câncer
Em falta desde novembro de 2018, o medicamento Trastuzumabe/Hercepetin, utilizado para tratamento de pacientes com câncer de mama primário e metastático, foi motivo de manifestação na manhã desta quinta-feira, 28. Cerca de 60 pacientes se reuniram em frente ao Hospital Ophir Loyola para cobrar da diretoria da instituição a regularidade da medicação. Sua ausência, segundo Josiane Damasceno, paciente oncológica e coordenadora do grupo Laços de Amor, organizador do movimento, pode trazer consequências como "a chance do retorno do câncer para pacientes primários e a chance de se alastrar, para pacientes metastáticos".
O grupo reivindica, entre outras coisas, pela regularidade da medicação, "que tem faltado com frequência" e pela listagem atualizada das pacientes que necessitam do remédio. De acordo com Josiane, essa segunda solicitação existe porque uma das justificativas utilizadas pelo hospital para a falta do remédio "é que a listagem estava errada e, por isso, estava demorando o processo".
A medicação Trastuzumabe/Hercepetin só chega às pacientes após a Sespa (Secretaria de Saúde do Estado do Pará) enviar uma solicitação para o Ministério da Saúde informando a quantidade necessária. Com a lista defasada, os medicamentos enviados não eram suficientes para a demanda existente. O grupo estima que mais de 500 pacientes precisam da medicação mensalmente.
Segundo Josiane, uma remessa que chegou ao Ophir Loyola na última quarta-feira, 27, deve regularizar a necessidade. Uma reunião realizada com diretores da instituição também acordou que a diretoria do hospital se compromete a manter regularizada a medicação, disponibilizar a listagem para as pacientes e receber, a cada dois meses, uma comissão do grupo para conversar sobre novas reivindicações.
POSICIONAMENTO DO HOSPITAL
Por meio de nota oficial, o Hospital Ophir Loyola informou que o abastecimento do Trastuzumabe (Herceptin) foi normalizado desde a quarta-feira, 27, na unidade de saúde. A diretoria ainda ressaltou que "tem o interesse de fazer uma gestão transparente, portanto recebeu a comissão dos pacientes para tratar sobre o assunto e esclareceu que todo o processo de aquisição deste medicamento é centralizado pelo Ministério da Saúde". O hospital ainda informou que o planejamento para aquisição do segundo trimestre já foi enviado ao Ministério, para que não haja nenhum tipo de pendência.
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