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No Pará, quatro unidades são referências para o acolhimento de mulheres vítimas de violência

Iniciativa do Governo do Pará fortalece o acolhimento de mulheres vítima de violência doméstica e familiar

O Liberal
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A luta pelo fim da violência contra a mulher é reforçada em todo o mundo no dia 25 de novembro. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e relembra a luta das irmãs dominicanas Patria, María Teresa e Minerva Maribal, conhecidas por "Las Mariposas" e que foram assassinadas, no início da década de 1960, durante a ditadura militar vivida na República Dominicana.

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), fortalece os debates acerca do tema e fornece um serviço de proteção social destinado ao acolhimento institucional e provisório para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Ao todo, são quatro abrigos estaduais para que as vítimas tenham proteção integral e acolhimento. As mulheres atendidas podem estar acompanhadas ou não de filhos menores.

No Pará, as unidades estão localizadas em Belém, Santarém, Altamira e Marabá. A localização é sigilosa, para garantir a segurança das mulheres que passam pelo local. A demanda prioritária é constituída por mulheres dos municípios onde não há cobertura de abrigos desta natureza. Dependendo do caso, o prazo de acolhimento pode ser estendido por 90 dias ou mais. Além dos serviços básicos, as mulheres atendidas contam com o apoio de equipes multidisciplinares e com a rede de serviços socioassistenciais e outras políticas públicas que podem envolver o sistema de justiça para a garantia de direitos.

 

Garantia de proteção 

 

A gerente do abrigo de Belém, Cláudia Aguiar, conta que as mulheres são encaminhadas por meio das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) e só deixam o local com as medidas judiciais que garantem a integridade. "Quando a mulher chega até o abrigo, ela recebe todo o atendimento necessário, que vai desde o acompanhamento médico até o psicossocial. Ela recebe seis refeições diárias, tem acomodação e acesso também às atividades de beleza e entretenimento", explica a gerente.

Nesses locais, ao receber uma mulher vítima de violência, é feito o preenchimento do Plano Individual de Atendimento (PIA), que caracteriza e relatar a história de vida dessa vítima. Após esse processo, é explicado à ela acerca dos direitos, os deveres e, posteriormente, é identificado as demandas dessa mulher, que na maioria das vezes não é somente o ato violento em si, mas as questões psicológicas, a situação econômica e de saúde. Por fim, são feitas as mediações com as redes de serviços e equipamentos socioassistenciais, explica a assistente Social, Maria José.

Para a psicóloga Maria Elisabete, nesses espaços, além de proporcionar segurança física e emocional,  incentivam o empoderamento das mulheres, a manutenção da auto estima  e o exercício da cidadania. As acolhidas participam de atividades de convívio, momentos recreativos, lúdicos e culturais. Mediante as necessidades, a Seaster ainda viabiliza a compra de passagens intermunicipais e interestaduais.

"As vítimas entram muito fragilizadas, com medo; não é raro elas reviverem as situações traumáticas o tempo todo, e com isso vem a ansiedade, o pânico. O profissional da psicologia se insere nesse processo para contribuir com a lida de todas essas sensações e consequências, por meio da escuta. Nós também incentivamos a realização de oficinas e palestras que expliquem o que aquela mulher viveu, para que ela entenda os ciclos da violência, os porquês e de que forma ela deve agir frente a esse cenário", reforça a psicóloga.

 

(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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