Ministério da Saúde divulga plano para combater dengue e outras arboviroses no Pará
Estratégia elabora ações para os períodos intersazonal e sazonal
O Ministério da Saúde lançou um plano de ação para redução dos impactos das arboviroses no Pará, com destaque para dengue, chikungunya, Zika e oropouche. De janeiro a 31 de agosto deste ano, o estado já contabilizou, respectivamente, 15.063, 329, 25 e180 casos de cada uma dessas doenças, conforme balanço da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O plano prevê desde prevenção a respostas emergenciais.
O plano de ação está baseado nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto nacional para o enfrentamento a essas doenças. O documento foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades que conhecem de perto os desafios em cada região do país.
Nesse cenário, o programa de redução dos impactos das arboviroses trabalha em seis eixos de atuação com foco para implementação ainda neste segundo semestre do ano, sendo eles: prevenção; vigilância; controle vetorial; organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; comunicação e participação comunitária.
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Durante o período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e a implementação das novas tecnologias de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.
Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.
Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis. São prioritárias as ações relacionadas ao manejo clínico adequado, seguro e executado em tempo oportuno, além da organização dos serviços. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coletiva de amostras para exames específicos com foco em casos graves e investigação oportuna de óbitos.
A coordenadora estadual de arboviroses, Aline Carneiro, fala sobre o trabalho que vem sendo realizado de maneira coletiva pelo Ministério da Saúde: "Nós fizemos agora uma atualização com um simulado de mesa, também com a participação do Ministério em Belém, para atualizar o nosso plano de contingência já pensando no próximo período sazonal e os municípios são incentivados a fazer seus planos, seguindo um modelo que o Estado envia, para que eles possam se identificar e dizer como eles podem trabalhar".
O Ministério da Saúde diz que, desde 2023, tem acompanhado o cenário epidemiológico das arboviroses, preparando estados e municípios para atuarem nos diferentes cenários, emitindo alertas sobre a possibilidade de alta no número de casos e liberando recursos para ações de prevenção e controle. Para 2024, o investimento é de cerca de R$ 1,5 bilhão (para todo o país).
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