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Mês de março tem seis campanhas de conscientização na área da saúde

Dentre as campanhas, o Março Lilás é dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção e combate ao câncer de colo do útero

Flávia Barros / Especial para O Liberal
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Em março, ao menos seis campanhas de conscientização utilizam cores para chamar a atenção da população sobre temas relacionados à saúde: Março Lilás, Março Amarelo, Março Vermelho, Março Verde, Março Azul-marinho e Março Roxo. É o momento em que informação e prevenção ganham mais reforço ainda com ações mais efetivas para conscientização da sociedade.

O Março Lilás, por exemplo, é um movimento dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção e combate ao câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical. Um tipo de tumor que está principalmente relacionado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV). De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), devem ser registrados 780 novos casos de câncer de colo do útero no Pará, sendo 110 no município de Belém, até o final deste ano.

médica e especialista em oncologia clínica reforça que as campanhas realizadas durante o ano são alertas importantes para que a população fique atenta sobre a sua saúde.

“Campanhas como Março Lilás e Outubro Rosa já são importantes para outros cânceres, pois a conscientização e o diagnóstico precoce podem salvar vidas. No caso do câncer de colo do útero é mais importante ainda, porque tanto a conscientização quanto o tratamento precoce, e principalmente a prevenção, podem ajudar a erradicar essa doença. Durante o mês de março e também em outros meses do ano, a gente traz essa conscientização para as mulheres através da prevenção a gente consegue eliminar essa doença.”, disse a especialista.

"Como a maioria dos cânceres, o câncer do colo de útero é uma doença silenciosa. No início, quando a lesão é muito pequena, não dá sintomas, mas uma coisa que precisamos ficar de olho é em sangramento vaginal fora do período menstrual. É aquela mulher que está na menopausa e, de repente, volta a sangrar. É aquela mulher que tem o ciclo menstrual normal e, de repente, sangra de novo no mesmo mês. E é um sangramento diferente. Pode ser um sangue mais espesso com características mais escuras", ponderou a médica.A região Norte é a única no Brasil em que a incidência do câncer do colo de útero supera o câncer de mama. Muitas mulheres não sabem quais são os sintomas da doença e demoram para procurar ajuda.

Outro sintoma comum é dor muito grande durante a relação sexual, dor em baixo ventre, aquela dor pélvica. "Perda de peso e uma franqueza inexplicável, ou seja, tem que prestar atenção em sangramento vaginal, dores, perda de peso e fraqueza.” alertou Amanda Gomes.

Insistência nos exames salvou a vida de pedagoga que teve câncer de colo no útero

O caso da pedagoga Teliany Marques, de 52 anos, pode servir de alerta para casos em que sintomas aparecem de forma repentina. Teliany foi pega de surpresa ao ser diagnosticada em 2013 com câncer de colo do útero. Ela afirma que sempre fez seus exames regularmente, mas, após sentir um sangramento anormal fora do período menstrual, marcou uma consulta para refazer os exames que havia feito no mesmo ano.

“Foi um susto, mas eu insisti para fazerem novamente o exame por que sabia que aquilo não estava normal. Mesmo fazendo meus exames regularmente, aquele sangramento me alertou de que não estava tudo bem. Foi quando fui me consultar com outro médico e ele confirmou o diagnóstico de câncer do colo de útero em estágio avançado”, relatou.

image Taliany Marleth reforça a importância dos exames de rotina o combate ao câncer de colo no útero (Filipe Bispo / O Liberal)

Para Teliany, a insistência e o conhecimento de que aqueles sintomas não eram normais salvaram sua vida. “Foi uma intuição mesmo, porque, além de eu ter todo o cuidado que eu tinha, também não tem histórico de mulheres com câncer de colo do útero na minha família. A insistência salvou minha vida”, afirmou.

A alta médica só veio em agosto de 2019, mas Teliany continua em acompanhamento oncológico e linfático. A experiência com o câncer a tornou ainda mais cuidadosa com as filhas, Juliany, de 28 anos, e Sofia, de 13. “Não descuido dos cuidados preventivos para as duas, para que não precisem passar pelo que eu passei”.

Campanhas de Março

Março Lilás
Busca conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino, causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).

Março Amarelo
Conscientiza sobre a endometriose, doença causada pela inflamação do endométrio, causando fortes dores no período menstrual.

Março Vermelho
Pela conscientização e combate ao câncer renal. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença acomete cerca de seis mil pessoas ao ano no Brasil e atinge em sua maioria homens com idade entre 50 e 70 anos.

Março Verde
Conscientização em saúde visual. É realizada pelo Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria (CBOO) junto com seus Regionais.

Março Azul-marinho
Objetivo de alertar a população sobre a conscientização da prevenção e combate do câncer colorretal. Tumor que acomete o intestino grosso, principalmente nas regiões chamadas de colo, reto e ânus.

Março Roxo
Tem como objetivo conscientizar e mobilizar a sociedade aos direitos das pessoas que sofrem com epilepsia, condição onde uma pessoa por determinado período de tempo convulsiona devido ao mau funcionamento dos sinais e descargas que o cérebro emite.

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