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Mais de 90% dos estudantes já voltaram às aulas presenciais na rede pública do Pará

Parceria do Governo do Pará e Unicef fez um intenso trabalho de visitas, cartas, mensagens e telefonemas para buscar ativamente quem ainda não havia retornado: o levantamento apontou cerca de 58 mil alunos

O Liberal
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Desde o ano passado, a pandemia de Covid-19 afastou diversos alunos das escolas e das atividades pedagógicas. Para enfrentar esse problema, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), vem realizando a Busca Ativa Escolar aos estudantes sem frequência escolar ou em risco de abandono dos estudos, com o objetivo de promover o retorno desses estudantes ao processo de aprendizagem. A Seduc identificou que, após o retorno gradual das aulas presenciais, 58 mil alunos não voltaram às atividades escolares - número que representa 10% dos estudantes de toda a rede pública estadual de ensino. O projeto, no entanto, já conseguiu que quase 7% retornassem às salas de aula.

A Secretaria de Educação realiza a Busca Ativa de forma intersetorial e colaborativa, envolvendo diversos parceiros, como Unicef, Conselho Tutelar, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). A estratégia da Busca Ativa visa assegurar o direito à educação de crianças, adolescentes, jovens e adultos.

Os métodos utilizados no “Busca Ativa Escolar” incluem visitas aos domicílios pelos coordenadores pedagógicos, professores e até colegas de classe. Outra estratégia adotada foi a redação de cartas pelos alunos que estão frequentando as aulas, entregues aos que não estão frequentando, e o uso de rádios comunitárias e redes sociais. 

Incentivo

Aluno da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Dr. Otávio Meira, em Benevides (Região Metropolitana de Belém), Luiz Paulo da Silva conta que se ausentou das atividades pedagógicas porque ingressou no serviço militar. No início, ele disse que tentou conciliar a rotina dos estudos com a atividade militar, mas devido a problemas no acesso à internet e à própria rotina de muitos afazeres, o estudante não conseguiu dar continuidade ao aprendizado como gostaria.

“A Busca Ativa foi algo que me ajudou bastante no retorno às atividades, porque frequentemente a direção, coordenação pedagógica e os meus próprios colegas me ligavam perguntando por que não estava indo para as aulas. Gostei muito de retornar para a escola. Reencontrei meus professores e amigos que também estavam ausentes. De agora em diante pretendo não faltar mais, e quero continuar firme e forte nos meus estudos”, afirma o estudante.

Cidadania

A secretária de Educação do Pará, Elieth de Fátima Braga, pontua as principais dificuldades no trabalho dos chamados "agentes da cidadania". "A dificuldade em localizar o endereço atual dos alunos, devido à rotatividade habitacional das famílias, é a principal adversidade encontrada pelas equipes que atuam no ‘Busca Ativa Escolar’. Outro problema é manter o contato telefônico com os estudantes ou seus responsáveis, por conta das trocas constantes ou pela situação de vulnerabilidade social em que se encontram. Todas essas limitações acabam desencadeando, automaticamente, a ausência dos estudantes no ambiente escolar, mas que logo são superados por conta das políticas públicas implementadas pelo governo do Estado", informa a secretária.

Segundo a titular da Coordenadoria de Ações Educacionais Complementares da Seduc, Giovana Costa, o retorno dos estudantes às aulas é frequente. “Mesmo com 100% do retorno às aulas presenciais, o ‘Busca Ativa Escolar’ não parou e não vai parar, porque esta é uma ferramenta que está dando certo e fortalecendo o vínculo aluno-família-escola. Eles não imaginam que nós vamos bater nas suas portas e, tudo isso, quebra aquele distanciamento e faz os alunos se encherem de entusiasmo e motivação para continuar com os estudos”, garante Giovana Costa.

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Pará
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