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Mais de 15 mil exames pré-natais foram feitos no Pará; saiba importância do acompanhamento

Consultas regulares durante a gravidez ajudam a prevenir doenças e aumentam o vínculo entre a mãe e o bebê

Camila Azevedo
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Cerca de 15,7 mil exames pré-natais foram realizados no Pará em 2021. Os números são do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). O exame é indicado para ser feito assim que a mulher descobre que está grávida e a recomendação dada pelo Ministério da Saúde é que siga uma rotina de, no mínimo, seis atendimentos durante a gestação. O acompanhamento é importante para prevenir doenças maternas e fetais. 

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O Brasil totalizou 407,9 mil consultas pré-natais no ano passado e conta com um dado alarmante do mesmo período: foram contabilizadas 107 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos, de acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna. A taxa está ligada ao número de mulheres que morrem durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto. As principais causas são: hipertensão, hemorragia e infecção, motivos que poderiam ser 90% evitados com exames regulares de detecção de problemas e atenção precoce à saúde.

As consultas são necessárias para um bom monitoramento, diagnóstico e tratamento de doenças pré-existentes ou que podem surgir durante a gravidez. No pré-natal, a gestante recebe informações sobre direitos, hábitos saudáveis da vida, medicamentos que precisa tomar e mudanças que ocorrem no corpo durante o processo. O protocolo seguido pelos profissionais de saúde inclui anamnese, exame físico e análise de exames laboratoriais e de imagem.

O pré-natal deve ser realizado uma vez no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no terceiro. O ideal é que as consultas sejam feitas mensalmente até a 34ª semana de gestação. Entre a 34ª e a 38ª, o indicado é um atendimento a cada duas semanas e, a partir de então, sessões semanais até o parto, que geralmente acontece na 40ª semana ou na 42ª. A assistência dada garantida pode promover a redução dos partos prematuros, de cesáreas desnecessárias, de crianças com baixo peso ao nascer, de complicações de hipertensão arterial na gestação, bem como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites.

Com todo o trabalho de cuidado para evitar desfechos desfavoráveis, o momento também passa a ser de preparação da equipe para o parto. A médica obstetra Lara Alonso explica que o vínculo criado durante as consultas aumenta a experiência. “Quanto mais a equipe estiver coesa e íntima da paciente, mais esse momento se torna especial”, afirma.

As preocupações com a saúde sempre foram prioridades para a fisioterapeuta Thatiane Belém. Grávida de quatro meses, ela mantém constância nos exames. A mudança na rotina agora conta com uma alimentação saudável, acompanhada por nutricionista, além da ingestão de vitaminas para suprir um déficit existente antes da gestação. “Tenho tentado ter uma alimentação mais regular, sem passar muito tempo sem comer e evitar tanta besteira. Estou realizando atividades físicas por liberação médica, sem restrição”, diz e afirma que a os atendimentos ajudam a manter contato maior com o bebê.

Onde a gestante pode fazer o pré-natal?

Toda gestante pode procurar pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e começar os atendimentos de rotina. Junto a isso, a Fundação Santa Casa de Misericórdia é um dos hospitais de referência no estado para o atendimento e acompanhamento na gravidez.

Vantagens do pré-natal, listadas pelo Ministério da Saúde

  • permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc; Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida;
  • detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal;
  • avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua localização inadequada pode provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos;
  • identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma. Esta patologia constitui uma das principais causas de mortalidade no Brasil.
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