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Maioria das escolas deve manter ensino híbrido no Pará

Sindicato diz que adoção de protocolos garante segurança nas atividades presenciais; infectologista alerta para cuidados

João Thiago Dias
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Na última semana, as aulas voltaram em muitas escolas particulares do Pará. Mas será que pais e alunos estão se sentindo seguros diante do atual contexto de pandemia, que inclui a nova cepa do coronavírus no Amazonas? Segundo reportagem do portal UOL, que ouviu profissionais da saúde do estado vizinho, a variante do vírus tem maior transmissibilidade e está matando muitos jovens sem comorbidade, incluindo bebês, crianças e adolescentes.

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares Ensino do Estado Pará (Sinepe) informou que cada escola tem seu próprio calendário para iniciar o ano letivo e que o retorno das atividades, na maioria delas, deve ocorrer nos meses de janeiro e fevereiro. Mesmo havendo autorização dos governos municipal e estadual para o retorno do regime presencial, a previsão é que os estabelecimentos retornem em regime híbrido (presencial e à distância), sempre seguindo rigorosamente os protocolos de segurança.

"O Sinepe reforça que segue todos os protocolos sanitários exigidos para atender alunos, professores e servidores com toda segurança e que, por conta da pandemia, os estabelecimentos de ensino têm se adequado da melhor forma possível para garantir a continuidade das atividades letivas".

Desde março de 2020, as escolas mantêm aulas remotas, com investimentos em tecnologia e capacitação de professores para garantir melhores resultados, conforme detalhou a nota. "Todas as escolas também investiram na readequação dos espaços físicos para receber alunos, professores e funcionários em total segurança, seguindo todos os protocolos sanitários".

A estudante Renata Barros Jaques, 17, do terceiro ano do ensino médio, disse que voltou a estudar na quarta-feira (20) porque a escola ofereceu um protocolo rigoroso. "Estudo num colégio particular de Belém que está rigorosíssimo com os cuidados. Dividiram a turma em duas, temos revezamento com aula on-line num dia e presencial no outro, distanciamento controlado dentro e fora de sala, álcool em gel e até uma plataforma virtual para reforço das aulas".

Para a mãe dela, Cristiane Barros Jaques, as adaptações estão funcionando. "O medo existe. Toda a família teve covid-19. É muito sério, mas fico feliz em ver que esse retorno das aulas está funcionando. Minha filha tá estudando na turma específica para prestar vestibular para Medicina. No início da pandemia, ela ficou triste porque achou que o ano tava perdido, mas conseguiu motivação quando começou a participar da plataforma on-line".

Infectologista não recomenda aulas presenciais

A infectologista Helena Brígido, de Belém, avaliou que o retorno às aulas presenciais é inadequado no atual contexto do Pará. "Com baixíssima cobertura vacinal e somente com a primeira dose da Coronovac, existe a preocupação de aumento crescente do número de casos, principalmente após a divulgação de variante em Manaus".

A especialista explicou que a detecção e publicação da variante B.1.1.7 tem 14 mutações diferentes incluindo uma mutação na proteína S (spike), que faculta a entrada no vírus nas células humanas aumentando a transmissibilidade entre 10% a 60%.

"A rota de viagens é frequente entre os dois estados e possibilidade de grande número de casos da nova cepa. As restrições de ir e vir devem ser rigorosas para evitar aglomerações. Um retorno presencial de aulas é inadequado, pois há risco de aglomerações em entrada e saída, retirada da máscara na hora da alimentação, ida ao banheiro, além de aumento do número de pessoas circulando com a ida de pais e alunos, em transporte particular ou coletivo".

Rede estadual

Já na rede estadual de ensino do Pará, o retorno das atividades escolares presenciais depende do cenário epidemiológico no estado, que, no momento, se encontra com embandeiramentos diferenciados, conforme informou a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc). "A secretaria esclarece que, no ano letivo de 2021, adotará o formato de currículo continuum, conforme a Resolução nº 020/2021, aprovada pelo Conselho Estadual de Educação (CEE)".

A Seduc ressaltou que já disponibilizou suprimento de fundos para todas as 927 escolas da rede estadual, para a instalação de pias, dispensação de álcool em gel e demarcação de espaços, visando combater e prevenir a propagação do novo coronavírus.

Rede municipal

A Secretaria Municipal de Educação (Semec) informou que o retorno às aulas presenciais ou virtuais em Belém dependerá da avaliação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). "Ainda estamos sem previsão de data. Por enquanto, a Semec está em fase de pré-matrículas e matrículas do ano letivo de 2021", frisou.

A pré-matrícula para novos alunos especiais irá de 20 a 21 de janeiro; e para alunos novos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) irá de 22 de janeiro a 2 de fevereiro. De 20 de janeiro a 2 de fevereiro, a confirmação da pré-matrícula. Entre os dias 8 e 12 de fevereiro, reoferta de vagas nas escolas.

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