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Lago da Coca-Cola oferece água doce e ambiente sem carros no centro da Praia do Atalaia, em Salinas

O destino turístico fica na Praia do Atalaia e ganhou a alcunha em decorrência dos tons escuros da água

Fernando Assunção

Um lago de água doce localizado em meio a dunas de areia branca, rodeado de verde. A descrição de cenário paradisíaco se refere a um dos cartões postais mais procurados de Salinópolis, nordeste do Pará, rota do verão paraense: o Lago Iguna ou Lago da Coca-Cola, como é conhecido popularmente. O destino turístico fica na Praia do Atalaia e ganhou a alcunha em decorrência dos tons escuros da água. O Lago da Coca-Cola faz parte do Monumento Natural do Atalaia, uma Unidade de Proteção Integral estadual.

image Veranistas aproveitam o Lago da Coca-Cola (Thiago Gomes / O Liberal)

Beleza natural e gratuita de Salinas, o Lago da Coca-Cola tem dois meios de entrada principais: uma é caminhando cerca de 15 minutos pelas íngremes dunas de areia da Praia do Atalaia - a experiência completa - e outra, recomendada para crianças, idosos e outras pessoas com dificuldade de locomoção, por uma estrada de terra que fica na lateral da via da rampa da praia, que pode ser acessada de carro até certo ponto. O ambiente oferece opções de lazer, como tirolesa e prancha, com preços que variam entre R$ 5 e R$ 10.

O administrador Luciano Viana, de 25 anos, conta que todo ano, durante o mês de férias escolares, ele vai a Salinas com a família e não deixa de visitar o Lago da Coca-Cola. De acordo com ele, as características peculiares do lago são os maiores atrativos. “É um ambiente totalmente diferente da demanda de Salinas, que é a água salgada, os carros na areia… Aqui já é lugar diferente, não só pela cor da água, mas pelo ambiente de morro”, avalia ele.

image Luciano Viana e família (Thiago Gomes / O Liberal)

O empresário Wesley Teixeira, 28, a nutricionista Alessandra Tosta, 24, e o pastor Sandro Carmona, 40, foram ao lago com um grupo de mais de dez pessoas. Eles destacam os pontos altos do local. “É legal porque a gente vem da praia, ali, aquele sal e aqui a gente tira o sal para dar aquela renovada no corpo”, diz Wesley. “A gente já vem há uns dois meses direto de Belém só para visitar o lago. É sempre muito divertido”, completa Alessandra. “Por si só, por causa dessas dunas, a natureza ao redor, já deixa algo mais atrativo”, finaliza Sandro. 

image Weslei Teixeira, Alessandra Tosta e grupo de amigos (Thiago Gomes / O Liberal)

Peculiaridades

O diretor de Gestão da Biodiversidade do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Crisomar Lobato, explicou as peculiaridades que fazem do lago uma das principais opções para a família e amigos que passam o verão em Salinas. Ao todo, a unidade de conservação tem 256,8 hectares e abrange, as dunas de areia, as formações vegetais chamadas de restingas, os manguezais nomeados de apicuns e os lagos. Isso porque, engana-se quem pensa que o Lago da Coca-Cola é constituído de água doce parada. Na verdade, ele é rodeado por outros lagos, os chamados lagos de recarga, responsáveis por abastecer o Iguna.

“Esses lagos de recarga não têm contato com o mar, eles guardam a água da chuva e, também, retiram água doce do subsolo. Neles, prima a vegetação aquática, que preserva a água e evita que ela evapore”, explica o especialista. “Os lagos do entorno abastecem o Lago da Coca-Cola por baixo e é por isso que ele se mantém vivo, ou seja, há toda uma estrutura natural em funcionamento”, acrescenta.

image O Lago da Coca-Cola faz parte do Monumento Natural do Atalaia, uma Unidade de Proteção Integral estadual (Thiago Gomes/O Liberal)

Mas a característica que mais chama atenção é a coloração da água do lago, que muito se assemelha com a do refrigerante de cola. Crisomar Lobato diz que isso se deve aos elementos químicos presentes na água, sobretudo ferruginosos, mas ressalta que ela é própria para banho e tem ótimas condições de balneabilidade. Um outro ponto que chama atenção nos veranistas que frequentam o lago neste mês de julho e atrai ainda mais famílias, é que a água é rasa, o que me permite que ele seja melhor aproveitado por crianças. Mas isso varia de acordo com a época do ano.

“Agora, em julho, em decorrência do verão, até setembro, o Lago da Coca-Cola fica raso, muito por causa da falta de chuva também. Mas no inverno, o nível de água aumenta no Iguna”, diz, ainda.

 

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