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Jornalismo paraense perde o carisma e "faro" de Joaquim Antunes

Velório transcorre na capela do Recanto da Saudade, na Domingos Marreiros. Corpo do jornalista será cremado.

Eduardo Rocha
fonte

A Imprensa do Pará perdeu neste domingo (13) o carisma e a dedicação do jornalista e economista Joaquim Fernandes Antunes, que se notabilizou como apresentador do programa "Bolso do Repórter" na TV Liberal e em outros veículos de comunicação do Estado do Pará. Aos 88 anos, Joaquim Antunes faleceu por volta das 7h30, no Hospital Adventista de Belém, onde se encontrava internado para tratamento médico.

O corpo dele está sendo velado na capela do Recanto da Saudade, na rua Domingos Marreiros, entre 3 de Maio e 14 de Abril.

Na terça-feira (15), às 9 horas, será realizada uma cerimônia de despedida entre familiares e amigos mais próximos a ele, de vez que o corpo de Joaquim Antunes será cremado. Joaquim Antunes era casado com Zadir Marques Antunes, pai de Cláudia e Ana Maria, e tinha cinco netos e dois bisnetos.

image Joaquim Antunes: profissionalismo na Imprensa do Pará (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)

Bolso do Joaquim

Joaquim Antunes iniciou sua carreira no jornalismo paraense na Rádio Marajoara. Ele apresentou o programa "Bolso do Repórter" na TV Marajoara, TV Guajará e TV Liberal, abarcando um período de 20 anos. Ele também apresentou o programa na Rádio Liberal.

"Nós sentimos muito o falecimento do Joaquim Antunes. Ele apresentou o "Bolso do Repórter" na TV Liberal nos anos 80, ou seja, era de um a dois minutos de um comentário muito aguardado pelo público na hora do almoço, no horário em que hoje temos o Jornal Liberal - 1ª Edição. Esse comentário era sobre política, economia, costumes, e ele tinha frases de efeito, trocadilhos, que eram a sua marca registrada. O hábito de tirar notas sobre assuntos diversos do bolso era muito criativo, expressivo. O programa marcou época na imprensa paraense", destaca Fernando Nascimento, superintendente da TV Liberal.

Fernando conta que Romulo Maiorana, idealizador e fundador do Grupo Liberal foi quem levou Joaquim Antunes para a TV Liberal. "Ele era caledoscópico e camaleônico, falava para um público heterogêneo", acrescenta Fernando Nascimento. Joaquim contribuiu também com o jornal O Liberal.

Relógio

"Meu pai trabalhava com trocadilhos, com as palavras, e um trocalho dele ficou famoso foi: 'Relógio que atrasa não adianta'. Ele era um jornalista com muitas fontes, possuía uma rede de amigos e como trabalhava na Alepa tinha muito contato com os políticos. A minha mãe fazia trocadilhos com ele", conta Cláudia Antunes.

O jornalista tinha papéis coloridos nos bolsos durante o programa. "No caso de uma reclamação de buracos em vias, o que era repassado a ele pelo público, o papel tinha, então, a cor vermelho, de alerta para as autoridades, a fim de que a via pública fosse recuperada", relembra a filha Cláudia.

Joaquim Antunes foi uma pessoa muito sincera e cultivava amizades."Ele conheceu Romulo Maiorana. Eram muito próximos profissionalmente. O Romulo foi um companheiro na carreira do meu pai", afirma Cláudia Antunes.

Na avaliação de Cláudia, Joaquim Antunes poderia continuar a exercer a profissão de jornalista nos dias atuais, por ter sido uma pessoa curiosa, estudiosa, que checava minuciosamente as informações antes de divulgá-las ao público. "Foi sincero, transparente e justo", conclui. 

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