Interdição na BR-163 chega ao terceiro dia em protesto de garimpeiros

Assunto levou à demissão do chefe do Ibama no Pará, após fala sobre exigência dos manifestantes

Redação Integrada

Chegou ao terceiro dia o protesto de garimpeiros que bloqueiam a rodovia BR-163, no trecho que corta Itaituba, município do sudoeste do Pará. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que vem monitorando a área desde que o protesto começo na manhã de segunda-feira (09), os manifestantes continuavam no local nesta quarta-feira (11), liberando a via a cada seis horas.

Os manifestantes, incitados por garimpeiros, protestam contra a fiscalização ambiental, exigindo a suspensão das atividades de entidades como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Força Nacional de Segurança Pública, que vem atuando ostensivamente na região.

Com faixas e palavras de ordem, eles exigem o interrompimento das ações dos órgãos ambientais, que destroem os maquinários de garimpos considerados ilegais, uma audiência com o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, e a legalização simplificada das áreas de mineração, possibilitando que os pequenos garimpeiros desenvolvam legalmente suas atividades.

Na terça, a PRF informou que o movimento iniciou com cerca de 200 manifestantes, entre garimpeiros e indígenas da etnia Munduruku, além de vinte crianças. Horas depois, já eram em torno de 250 pessoas se manifestando no local, com faixas e palavras de ordem. Ainda segundo a PRF, apesar dos transtornos, o movimento é pacífico.  No último boletim, o engarrafamento passava de 40 quilômetros em apenas um dos sentidos da rodovia.

Consequências

O assunto rendeu um desdobramento de repercussão nacional, pois enquanto os protestos ocorriam, o Ministério do Meio Ambiente demitiu o chefe do Ibama no Pará, Evandro Cunha dos Santos, após uma declaração feita por ele sobre as reivindicações dos garimpeiros. Ele foi exonerado pouco mais de uma semana após sua nomeação após anunciar que interromperia a queima de máquinas apreendidas em operações de combate ao garimpo ilegal, uma das exigências dos manifestantes. 

Na segunda-feira, Santos afirmou durante audiência pública no município de Altamira, um dos recordistas de queimadas e desmatamentos da floresta amazônica, que tinha recebido ordem do governo para acabar com a destruição de máquinas.

A demissão de Santos, que fora nomeado para o cargo pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no dia 2 de setembro, foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira.

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