Indígenas são suspeitos de furto de dendê e destruição de veículos

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Delegacia Virtual, Marquês Tembé, Laelson Siqueira, Josias Dias dos Santos são suspeitos de colher frutos e levar a carga em um caminhão

O Liberal

O furto de um caminhão carregado com 14 toneladas de dendê da fazenda Vera-Cruz, de propriedade da Brasil BioFuels (BBF), foi registrado no último sábado (3), no município do Acará, nordeste paraense. Segundo o boletim de ocorrência feito pela Delegacia Virtual, o crime teria ocorrido por volta das 14h07, na rodovia estadual PA-252, no bairro que leva o mesmo nome da cidade.

Segundo o documento, os suspeitos foram apontados como Marquês Tembé, Laelson Siqueira, Josias Dias dos Santos. Outros participantes também estariam envolvidos, mas não tiveram os nomes registrados. Os suspeitos teriam, supostamente, feito a colheita dos frutos e furtado a carga pertencente à BBF, utilizando um caminhão para fazer o transporte do produto, conforme consta no BO.

De acordo com o registro policial, a localidade alvo do delito possui uma decisão judicial de interdito proibitório, que não estaria sendo cumprida pelos suspeitos. O boletim não informa se a carga roubada foi apreendida.
Veículos – Na noite de sábado (3), mesmo dia em que o furto de dendê foi registrado, um agente de segurança da BBF procurou a polícia para denunciar a destruição de veículos da empresa nas proximidades da delegacia de Tomé-Açu, nordeste paraense.

O boletim de ocorrência diz que, por volta das 20h30, um grupo de indígenas, que também estaria envolvido no furto de dendê, começou a danificar três veículos de responsabilidade da BBF. Apesar do registro policial, não foi informado o motivo do crime ou prisão de algum dos envolvidos.

Liderança nega as acusações

Paratê Tembé, uma das lideranças indígenas citada no boletim de ocorrência sobre a destruição de veículos, nega as acusações e diz que as comunidades são alvos de difamação. “A BBF chegou, invadiu os territórios e implantou seu projeto de dendê, sem consulta prévia aos povos tradicionais e sem nenhum tipo de compensação. Daí o movimento não aceitou mais e houve a retomada do território, que está sub judice”, diz. 

De acordo com Paratê Tembé, as comunidades vivem sob ameaça e pedem intervenção federal. “O que a gente quer é que haja intervenção do Estado, do governo federal. Se isso não acontecer, esse conflito vai se estender por muitos anos e nossos indígenas continuarão sendo vítimas de atentado”, finaliza.

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