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Ponte usada por invasores da TI Apyterewa é destruída em São Félix do Xingu

Segundo a PF, objetivo é evitar a volta de exploradores ilegais à área

O Liberal
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Uma ponte usada por exploradores ilegais da Terra Indígena (TI) de Apyterewa, no município de São Félix do Xingu, no sudeste paraense, foi destruída durante uma operação conjunta da Polícia Federal, Força Nacional e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Explosivistas da PF detonaram a estrutura clandestina em duas etapas: uma explosão na quinta-feira (25) e outra nesta sexta-feira (26). 

A ação foi realizada a pedido da Funai, para evitar a volta de invasores ao local. A estrutura tinha 61 metros de comprimento e 4,6 metros de largura e era sustentada por oito pilares de concreto. A ponte, na região do Paredão, é conhecida como Bucha do Natanael e servia como principal acesso à Terra Indígena. 

Desintrusão

A ação faz parte da operação de desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, em atendimento à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, proferida na Pet.9585/ADPF 709. Durante o segundo semestre de 2023, foram retirados gados, inutilizadas estruturas de fazenda e destruídas pistas de pouso.

De acordo com o Centro de Monitoramento Remoto da Funai, a região da TI Apyterewa foi a área de floresta amazônica mais desmatada entre os anos de 2019 e 2022. As disputas territoriais remontam à década de 1980, quando os primeiros invasores da terra indígena se instalaram na região.

O povo Parakanã, que ocupa 22 aldeias pela Terra Indígena, convivia com o barulho das serras, com rejeitos de mineração no Rio Xingu e com circulação de caminhões transportando toras de madeira, além da exploração de gado, tudo feito de maneira ilegal.

Determinação

Em cumprimento à determinação judicial, o Governo Federal iniciou no dia 2 de outubro uma operação de desintrusão de terra indígena no Pará, com o objetivo de devolver aos povos originários a posse e o direito de uso exclusivo de seus territórios, conforme determina o artigo 231 da Constituição Federal.

A operação consiste na retirada de não indígenas que ocupam irregularmente parte das terras Apyterewa (homologada em 2007) e Trincheira Bacajá (homologada em 1996), localizadas entre os municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapú e Senador José Porfírio, no Pará.

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