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Homem hospitalizado com suspeita de doença da ‘urina preta’ recebe alta médica em Santarém

Valdir relatou que os sintomas como náuseas e dor de cabeça foram sentidos nos primeiros minutos após a ingestão do peixe

Andria Almeida

O pedreiro Valdir Rufino, de 55 anos, recebeu alta médica no domingo (12) depois de três dias internado com suspeita da síndrome de Haff, popularmente conhecida como doença de 'urina preta’, em Santarém, no oeste do Pará. Em casa, ainda em recuperação, ele detalhou os sintomas apresentados após o jantar, que teve como prato principal, o peixe da espécie pacu. Valdir contou que os sintomas como náuseas e dor de cabeça foram sentidos nos primeiros minutos após a ingestão do peixe. O pedreiro fez um alerta à população para que leve a situação da doença a sério.

Valdir relata que comprou uma 'cambada'  de peixe, na noite de quarta-feira (8), como de costume 'tratou' o peixe e armazenou na geladeira. Na noite seguinte, ele preparou um assado, assim que consumiu o peixe sentiu uma forte náusea e não conseguiu comer nada. A esposa e neta chegaram a consumir outros peixes da mesma 'cambada' , porém só ele apresentou os sintomas.

De acordo com Valdir, cerca de uma hora depois de jantar o peixe assado, começou a sentir uma forte dor muscular, dor no peito, câimbra nas pernas e dor no estômago. Ele conta que só procurou atendimento médico na manhã seguinte ao consumo.

‘Quando cheguei na unidade de saúde os sintomas estavam insustentáveis, não conseguia andar e nem falar direito. Durante o atendimento médico, senti necessidade de urinar e a médica que estava me atendendo me pediu para coletar num recipiente. Para a minha surpresa, estava totalmente preta, parecia uma Coca-Cola, foi assustador’, relembrou.

Para ele, os sintomas são diferenciados de qualquer outra doença que já tenha tido. "É uma dor diferente, muitos sintomas ao mesmo tempo: dor lombar, pescoço, estômago, cabeça, câimbras insuportáveis.  As dores eram tantas, que não conseguia vergar minhas pernas dentro do carro, elas foram para fora", contou.

Hoje, em casa, ainda se recuperando do susto, ele conta que durante a internação recebeu aplicação de 14 soros e ainda permanece fazendo tratamento médico na residência. “Estou tomando remédios receitados pelo médico e muita água, muita água mesmo, minha urina já voltou ao normal.  A moleza no corpo persiste, mas vai passar.  Ainda aguardo o resultado do exame para saber se é a doença da urina preta', ressaltou.

Valdir fez um alerta sobre a doença de 'urina preta', mesmo sem o resultado do exame confirmando a patologia, o pedreiro acredita ter contraído do consumo do peixe. “As pessoas estão brincando. “Vi alguns vídeos de pessoas zombando da situação, e isso é preocupante. O que eu tenho a dizer é, levem a sério, o que eu vivenciei nesses dias, não desejo a ninguém, por isso estou aqui pra alertar a todos quantas vezes for necessário, não desejo que ninguém passe pelo o que passei. No meu caso, graças a Deus, tive um atendimento rápido', finalizou.

No último sábado (11), mais três casos da doença de Haff, foram notificados em Santarém, no Baixo Amazonas. O comunicado foi feito pelo Hospital Municipal de Santarém (HMS). Com isso, o município já totaliza quatro notificações de suspeita da doença. A primeiro foi no dia 7 deste mês e o paciente morreu.

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