Com 80 mil casos de covid-19, Pará diz que taxas de ocupação de leitos permitem novas ações

Helder Barbalho avaliou que situação está 'sob controle' e ajustes na oferta de atendimento são feitos frente a novos cenários

Dilson Pimentel
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Com 80.072 casos confirmados e 4.469 mortes relacionados à covid-19 em todo o Pará, e como o coronavírus seguindo para a região Oeste e Sudeste, a oferta de leitos deve acompanhar esse cenário, confirmou, em coletiva de imprensa realizada no início da tarde dessa sexta-feira (19) o governador Helder Barbalho. Por volta das 12h40, Helder Barbalho iniciou a veiculação de um comunicado sobre o projeto 'Retoma Pará', que trata dos critérios e protocolos para a reabertura de atividades econômicas do Estado. O pronunciamento foi transmitido ao vivo por cerca de 50 minutos pelo site Agência Pará e pela TV Cultura.   

Taxas de ocupação de leitos 


Segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), já são 7.630 os casos descartados, além de 66.918 os pacientes recuperados da covid-19 no Estado. Um total de 390 casos suspeitos ainda estão em análise. Os dados citados na coletiva de hoje, porém, são os mesmos do balanço da noite de ontem. O governo preferiu não atualizar ainda o quadro epidemiológico, e o novo balanço da Sespa é esperado para a noite dessa sexta-feira

O governo do Estado informou que a taxa de leitos leitos ofertados hoje pelo Estado para casos de covid-19 é considerada satisfatória. Segundo a Sespa, hoje o Pará soma 701 leitos de UTI. Em março eram apenas três, ressaltou Helder Barbalho na coletiva de hoje. A taxa de ocupação desses leitos de UTI para os paciente de covid-19 no Estado é hoje de 68,62%.

"Isso nos permite dizer que a situação está sob controle", avaliou Helder Barbalho. Segundo ainda o governo do Estado, entre os 1.500 leitos clínicos disponíveis no Pará para covid-19, a taxa de ocupação é de 47,93%.

Leitos serão abertos em regiões


Sobre o avanço de casos em algumas regiões, o governo reiterou que a estratégia do governo agora segue se adequando a esses cenários novos da pandemia no interior. "No Araguaia e Baixo Amazonas, por exemplo, a ampliação de leitos de UTI nos hospitais regionais de Redenção e Conceição do Araguaia, bem como a descentralização de leitos de Santarém para Almeirim, Juruti, Oriximiná e Rurópolis, e de Marabá para Parauapebas, nos próximos dias, darão respostas". 

A região nordeste do Pará passou de risco alto para risco médio, disse o governador, justificando novas medidas de flexibilização, como a abertura das viagens intermunicipais, a partir dessa sexta-feira. 

O governador citou também que o Pará tem a segunda menor taxa de contágio da covid-19 no Brasil, segundo pesquisa da PUC-RJ. Helder ressaltou também a diminuição dos óbitos por covid-19, mas reiterou que a população não pode relaxar. "Ainda estamos com taxas de isolamento baixas. Temos que manter o uso das máscaras e temos protocolos que precisam ser integralmente cumpridos", asseverou o governador.

"Após o lockdown, as médias de isolamento social seguem muito abaixo do ideal, na faixa dos 30%, e há um descuido das pessoas para o uso de máscaras. As atividades voltaram, mas com protocolos, e estabelecimentos e população precisam atentar a isso. Quando o decreto é desobedecido, temos advertido, mas também temos aplicado multas", reiterou Ualame Machado, titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup), que também participou da coletiva.

image Capanema, no nordeste do Pará: região reduziu nível de alerta da (Thiago Gomes / O Liberal)

'Temos pandemias diferentes no Pará'


O reitor da UFRA, Marcel Botelho acompanhou a coletiva para esclarecer os dados que ajudam o governo a fazer o monitoramento epidemiológico do Pará. “A UFRA, através de seu grupo de pesquisas, que engloba professores tanto da UFPA quanto UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará), vem acompanhando desde o início da pandemia e mostrou, por seus estudos, que tínhamos passado pelo pico na região metropolitana de Belém", disse Botelho.

"Mas é importante mostrar que temos diferentes pandemias no Estado. Na Região Metropolitana de Belém, temos a curva decrescente, mas em Santarém, por exemplo, ainda estamos alcançando o pico da pandemia. Por isso, necessidade de investir na estrutura hospitalar", ressaltou o reitor da UFRA.

"O Pará como um todo, devido à grande população das regiões onde já passamos pelo pico, apresenta esta queda no número de óbitos e de contaminados dia-a-dia. Entretanto, é preciso manter o cuidado principalmente nessas regiões onde curva é crescente", alertou Botelho. "É preciso deixar muito claro que é a diminuição de casos não significa o fim da pandemia. É preciso manter o distanciamento social. Ainda estamos com a pandemia. Ainda temos contágio. É preciso manter o distanciamento social. Se não há necessidade de sair, ficar em casa. Mas já passamos do pior momento em Belém, por exemplo, mas precisamos manter o cuidado necessário".

O reitor da UFRA disse que a equipe continuará fazendo suas pesquisas e projeções. E que, até o momento, têm sido confirmadas pela realidade. "Os números reais têm validado essas pesquisas. Na regiões nordeste, metropolitana e do Araguaia, temos uma certa estabilidade com tendência a queda. Isso é confirmado pelos dados diários".

"Nós continuaremos ouvindo a ciência, lendo os números para a tomada de decisão”, disse o governador Helder Barbalho. “Mas não podemos relaxar de maneira alguma. Temos que continuar tendo responsabilidade”, acrescentou.

O chefe do executivo do Pará fez ainda um apelo: “Voltemos a ter consciência de ficar em casa. É fundamental que, dentro de sua possibilidade, possa ficar em sua casa. Quem não puder ficar em casa é lei usar máscara. Se não usar, estará cometendo uma infração”.

image Viagens intermunicipais foram retomadas essa sexta (Fábio Costa / O Liberal)
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