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Marinha está analisando manchas de óleo encontradas em Salinas

Material recolhido no final de semana na Praia do Atalaia já está com os especialistas

Cleide Magalhães
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A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 4º Distrito Naval, informou nesta segunda-feira (4) que ainda está analisando as manchas de óleo encontradas na praia do Atalaia, em Salinas neste final de semana. “Em princípio, não se pode afirmar que o material encontrado tem qualquer relação com as ocorrências do litoral do Nordeste. Será procedido o envio do material recolhido para análise”, afirmou a Marinha.

Uma equipe da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental foi enviada ao local para coletar as amostras e ampliar as informações levantadas para em seguida enviar ao Grupo de Avaliação e Acompanhamento, formado pela Marinha do Brasil, Agência Nacional de Petróleo e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Na tarde de domingo (3) o Governo do Pará, por meio da Semas, já havia garantido que  “não foi registrada no último sábado (2), no município de Salinópolis, na costa atlântica paraense, a presença do óleo que atinge o nordeste do Brasil”. A Semas informou, na ocasião, que foi coletada quantidade equivalente a 50 mililitros (1/3 de um copo) de óleo queimado, “que deve ter saído de uma pequena embarcação”. O material foi encaminhado à Marinha do Brasil para análise.

Manchas na praia de Beja, em Abaetetuba

Nesta segunda-feira (4), o aparecimento de manchas de óleo no Nordeste Brasileiro completa dois meses e cinco dias. Desde então, por duas vezes houve suspeitas de derramamentos de óleo em regiões no Pará com possiveis ligações ao caso do Nordeste. O mais recente deles envolve a praia do Atalaia, no município de Salinópolis, localizado no nordeste, na costa atlântica paraense. Mas anteriomente a praia de Beja, em Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins, já havia sido alvo dos boatos.

As manchas de óleo encontradas na praia de Beja, em Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins, no Pará, “não são o mesmo material que se espalha pela costa da região nordeste do país”. Foi o que informou a Marinha do Brasil, no dia 21 de outubro, durante coletiva de imprensa, na sede do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, em Val de Caes, em Belém. 

Ainda sobre o assunto a Marinha do Brasil disse, nesta segunda (4), que a amostra foi enviada ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro, e aguarda resultado.

Naquela ocasião, a Marinha do Brasil informou ter enviado equipe ao município de Abaetetuba para coletar amostra de água e óleo encontrados. As informações pelas redes sociais sobre o aparecimento de óleo na região iniciaram desde o dia 18 de outubro.

Além disso, uma força-tarefa criada pelo Governo do Pará sobrevoou a área com o objetivo de monitorar a mancha de óleo no Oceano Atlântico. Segundo o Governo, o sobrevoo abrangeu cerca de 200 milhas do litoral do Pará e não havia encontrado nenhum indício de mancha de óleo aos longos dos 360 quilômetros percorridos.

Derramamento de óleo atinge 283 localidades de 98 municípios e nove estados no Nordeste Brasileiro

De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), no último dia 31, o total de 283 localidades de 98 municípios e nove estados no Nordeste tinham sido afetados pela maior tragédia ambiental do país em suas águas. A quantidade de óleo retirada do Nordeste brasileiro chegava a 2 mil toneladas.

Apesar de o Rio Grande do Norte ser o estado com mais casos de reaparecimento do petróleo, ele não é o que tem mais praias afetadas. A Bahia liderava o ranking com 74 localidades atingidas; Rio Grande do Norte com 51; Alagoas, 46; Pernambuco, 37; Sergipe, 20; Ceará, 18; Paraíba, 17; Maranhão, 12, e Piauí com 8 localidades atingidas. Em 103 das mais de 280 localidades atingidas pelo óleo no Nordeste chegaram a ser limpas, mas tiveram reincidência.

Para apurar a origem do vazamento de óleo que, desde setembro, atinge praias de todos os estados do Nordeste, a Polícia Federal deflagrou, no último dia 01, uma operação. De acordo com as investigações, que contam com a colaboração da Interpol, o derramamento teve origem em um navio grego entre os dias 28 e 29 de julho.

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