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CPI pode investigar suspeitas de irregularidades em obras de infraestrutura em Parauapebas

A informação foi confirmada pelo vereador Fred Sanção (PL), nesta segunda-feira (1º), ao Grupo Liberal

O Liberal
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A bancada de vereadores da oposição ao prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), deve abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar obras de infraestrutura suspeitas de irregularidades na cidade. A informação foi confirmada pelo vereador Fred Sanção (PL), nesta segunda-feira (1º), ao Grupo Liberal, em meio ao caso envolvendo o uso de R$ 1,5 milhão destinados à construção de uma ponte sobre o rio Pulgas — estrutura que nunca existiu. A ponte deveria ter sido erguida às margens da vicinal Alto Bonito, na zona rural do município, e inclusive já foi alvo de denúncia ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), conforme detalha o parlamentar.

Em meio a isso, a abertura da CPI ainda depende de votação na Câmara Municipal. A proposta é investigar todo o conjunto de obras de infraestrutura realizadas desde o início do atual mandato, em janeiro, diante do grande volume de promessas e investimentos que, segundo a oposição, não resultaram em melhorias efetivas.

“Todas as denúncias já foram protocoladas no Ministério Público, e estamos acompanhando o andamento, cumprindo nosso papel de fiscalizadores. Nas sessões, seguimos fazendo pressão. Estamos preparando uma CPI da infraestrutura para trazer mais clareza à população sobre o que, de fato, está acontecendo na Prefeitura de Parauapebas”, detalha o vereador

Sobre o caso, a bancada de oposição da Câmara Municipal protocolou um requerimento em 14 de novembro para convocar agentes públicos, incluindo o prefeito, responsáveis pelo Contrato Administrativo nº 20230451/2023, a fim de prestarem esclarecimentos sobre indícios de irregularidades na execução da obra de construção de pontes. O documento aponta pagamentos expressivos (R$ 1.500.884,35) por uma obra que, segundo vistorias, não existe no local onde deveria haver um canteiro para a construção de uma ponte de 35 metros em concreto armado. 

image Vereadores de Parauaebas já realizaram vistorias no local e constaram a inexistência de obras no local (Divulgação)

Melhorias

Para o vereador Fred Sanção, esse valor poderia ainda ser direcionado de forma devida para garantir melhorias à população. “Eu acredito que possa ter causado dano ao erário público, haja visto que [o valor] já foi liquidado. Não é que está em execução a obra. Já houve pagamento, ela já foi liquidada, já foi paga. Então de fato o dano”, relata.

No local onde deveria ser a ponte, foi encontrada apenas uma pequena estrutura antiga de bueiro, sem relação com o projeto. O contrato, originalmente de dezembro de 2023 no valor total de R$ 7,8 milhões para a construção de oito pontes, foi "ressuscitado" em junho de 2025 pela gestão atual. A ponte do rio Pulgas, orçada inicialmente em R$ 1,19 milhão, teria ultrapassado o valor estimado, mesmo sem comprovação física da obra. 

“Estivemos no local, fui junto com a vereadora Maquivalda, e o que pudemos constatar é que há ali dois lances de aduelas que já estão no lugar há mais de três anos, segundo relatos dos moradores da região. Todos eles desconhecem que a ponte tenha sido construída ou que aquela obra seja recente. Volto a dizer: é uma obra de três anos, ainda do governo passado”, ressalta o vereador.

“Nós tomamos conhecimento desse caso da ponte desde que a vereadora Maquivalda denunciou a situação, ainda em novembro. Foi então que, enquanto oposição, nos reunimos. Ela nos relatou o caso. E, de imediato, iniciamos nossa busca por essa ponte, a ponte fantasma, a ponte que tudo indica não existir”, reforça Fred.

Série de irregularidades

Outra ponte sobre o rio Piabanha também tem sido alvo de irregularidades, que tem orçamento de cerca de R$ 1,5 milhão. Segundo a vereadora, a denúncia sobre a obra fantasma desencadeou uma série de ações da gestão municipal para mascarar a obra após a abertura do processo na Justiça.

Posicionamento

A Redação Integrada de O Liberal tenta contato com a prefeitura de Parauapebas sobre o caso. E também com o MPPA. A reportagem aguarda retorno.

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