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Covid-19: tendência de óbitos no mundo preocupa especialistas

A infectologista Helena Brígido, de Belém, avalia que essa tendência de crescimento de óbitos mundial deve-se à flexibilização de medidas de prevenção

Gabriel Pires
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Após quase três anos da pandemia de covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) manterá a doença como emergência global, conforme anunciado na última segunda-feira (30). A organização registrou mais 170 mil mortes nas últimas oito semanas. No Pará, quase 20 mil óbitos foram totalizados nesse período da pandemia, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Diante desse cenário, a infectologista Helena Brígido, de Belém, membro da Diretoria da Sociedade Paraense de Infectologia, avalia que essa tendência de crescimento de óbitos mundial deve-se à flexibilização de medidas de prevenção. A médica frisa que, apesar da inflexão de casos, as ocorrências se mantêm em diversos continentes ao redor do mundo.

“A curva ascendente de óbitos deve-se à menor vigilância sobre busca de atendimentos em casos de síndromes respiratórias, relaxamento nas medidas de prevenção e o esquema incompleto de vacinas fazendo com que a OMS mantenha a doença como pandemia. O alerta sobre o fato é de vigilância de gestores, profissionais de saúde e população em geral para que, em cada área, sejam tomadas as medidas necessárias”, explica a infectologista.

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Do início da pandemia até 27 janeiro de 2023, segundo o balanço da Sespa, o Pará registrou 19.895 mortes por covid-19. Apenas em 2020, foram contabilizados 7.888 óbitos. Em 2021, foram 10.365 mortes. Já em 2022, 1.629 óbitos. E, em 2023, até 27 de janeiro, o Estado teve 13 óbitos.

Pandemia ainda deve ser tratada com atenção

A infectologista alerta sobre hábitos que previnem a doença, mas que foram deixados de lado. “Devido à diminuição do número de casos, em algum momento, muitas pessoas deixaram de fazer a vacinação em doses completas. E, também, pessoas com quadros respiratórios deixaram de fazer consulta médica ambulatorial ou em serviços de urgência, na busca de diagnóstico”, relata a especialista.

“Esses mesmos quadros leves podem ser transmitidos para pessoas com mais vulnerabilidade: idosos, hipertensos, diabéticos, pessoas com quadro de doença pulmonar crônica, fumantes, pessoas vivendo com HIV (PVHIV), pessoas com câncer, etc”, complementa Helena.

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Com isso, praticamente em todo o território estadual, somente pessoas a partir de 12 anos estão sendo imunizadas; segundo o Ministério da Saúde, novas doses já foram adquiridas e devem chegar nos próximos dias

Helena enfatiza que um salto no número de casos de covid-19 deve ser tratado com atenção. “Um aumento do número de casos de doenças em que ainda se considera dentro de uma pandemia, é sempre o motivo de preocupação na transmissibilidade para outras pessoas. Sempre há um risco e, por isso, é necessário manter a vigilância de casos”, afirma.

“A população conhece e deve seguir as medidas de prevenção. Em ambientes abertos não há necessidade de uso de máscaras, porém devem ser utilizadas nestes ambientes quando uma pessoa estiver com quadro respiratório, pois há chances de ser covid. É importante que mantenham a higienização das mãos como medida importante de prevenção. As pessoas que não completaram o esquema de vacinação contra a covid-19 devem procurar um posto de saúde”, reforçou sobre as medidas de prevenção da doença.

Óbitos causados por covid-19 no Pará

  • 2020: 7.888 óbitos
  • 2021: 10.365 óbitos
  • 2022: 1.629 óbitos
  • 2023 (até 27 de janeiro): 13 óbitos

FONTE: Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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