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Comércio de automóveis tem queda de 8,74% nas vendas no Pará

A retração foi de 8,91% somente entre veículos leves

Abílio Dantas
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A venda de veículos no Pará registrou queda de 8,74% em outubro deste ano, se comparado a setembro, segundo apontam os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Somente os comerciais leves registraram queda de 8,91%. Já as transações comerciais para a compra de caminhões e ônibus caíram 13,27%, sendo que o recuo foi de 9,06 entre os caminhões e de 32,73 para os ônibus.

Em âmbito nacional, as vendas registraram pior outubro dos últimos cinco anos. Ao todo, 162,4 mil unidades foram vendidas no mês passado, o que representa uma queda de 24,5% em relação ao mesmo período de 2020, também segundo a Fenabrave. De acordo com a Federação, o volume foi o pior resultado para o mês de outubro desde 2016, quando foram vendidos menos de 160 mil veículos, entre carros de passeio, utilitários leves (como picapes e vans), caminhões e ônibus.

A Fenabrave registra ainda que, desde o início de 2021, as vendas de veículos novos (zero quilômetro) chegaram a 1,74 milhões, o que significa 9,5% a mais do que nos dez primeiros meses de 2020, quando o mercado foi mais atingido pela pandemia de covid-19. A empresa Fiat lidera as vendas, com 22,5%. Em seguida, aparecem a Volkswagen, com 15,6%, General Motors (11,1%) e Hyundai (9,45%).

Em razão da queda da oferta de veículos nas concessionárias, segundo a Fenabrave, é possível que haja recuou ainda das vendas em 1% até o final de 2021. A Federação destaca também que um dos motivos para a baixa oferta é a falta de componentes eletrônicos, por causa da crise global dos semicondutores. A ausência dos produtos, de acordo com a instituição, faz com que a indústria automobilística tenha que que parar suas produções.

A venda de veículos usados teve retração de 7,99%, em outubro, o que representa 1.214.255 unidades. No entanto, no acumulado do ano, de janeiro a outubro, houve aumento de 30% das vendas do setor. Nesse período foram comercializados 12.767.968 veículos, que trocaram de titularidade, fazendo com que 2021 apresente nos dez primeiros meses do ano o maior volume de vendas desde 2005.

O economista Luiz Carlos das Dores Silva, conselheiro do Conselho Regional de Economia de Pará e Amapá (Corecon PA/AP) analisa que o principal motivo para as quedas em outubro é a falta de componentes eletrônicos, os chips, cuja procura cresceu bastante nos últimos meses, segundo ele. “Eu acredito que essa queda nas vendas está ligada à diminuição na oferta de veículos novos, que foi impactada pela falta, a nível mundial, de componentes eletrônicos, fundamentais para a produção de veículos. Isso fez com que houvesse o aumento dos preços de veículos novos, impactando também nos veículos usados. Outro fator importante foi o aumento das taxas de juros que fizeram com que os financiamentos ficassem mais caros”, explica.

Para o economista, a alta dos combustíveis também afeta a decisão dos consumidores de comprar ou não um veículo nesse momento. “Dificilmente esse cenário mudará até o final do ano, visto que a demanda por componentes eletrônicos (chips) cresceu bastante no período ‘pós-pandemia’ e os fabricantes não possuem condições de atender essa demanda mundial”, completa.

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