Campanha alerta para poluição sonora durante a Copa

Mobilização destaca danos para pessoas vulneráveis e animais

Fabrício Queiroz
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A comemoração pelos gols do Brasil durante a Copa do Mundo geralmente provoca grandes emoções entre os torcedores. Além da vibração, abraços e gritos, muitos apelam para o uso de fogos de artifício. O problema é que essa prática tão comum pode ser enquadrada como poluição sonora, bem como é capaz de causar perturbação e sofrimento em bebês, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), gestantes, idosos, pessoas acamadas e animais.

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Em razão disso e diante da grande mobilização em torno dos jogos da seleção brasileira no mundial do Catar, o Grupo TEA, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), e o Grupo de Mães Mundo Azul resolveu lançar a campanha virtual "Seja um Campeão nessa Copa", que busca sensibilizar a população para evitar esse tipo de prática. “Nessa Copa convidamos toda a sociedade a abraçar esta causa e comemorarmos juntos mais essa vitória a favor da inclusão”, diz a publicação.

O movimento também alerta que a soltura de fogos de artifício com estampido já é vedada no Estado do Pará pela Lei nº 9.593/2022, sancionada em maio deste ano pelo governador Hélder Barbalho, que por sua vez se baseia na legislação federal de crimes ambientais. Por isso, em casos de ocorrências do tipo, a população pode denunciar as infrações para os números 181 ou (91) 98115-9181 e acionar a Polícia Militar.

A coordenadora do grupo Mãe de Céu Azul, Flávia Marçal, aponta que pessoas que mais sofrem são as: Transtorno do Espectro Autista (TEA), idosos, animais e pessoas enfermas. Ela aponta que outros problemas podem ser ocasionados com isso.

“O principal ponto de impacto de pessoas com autismo, idosos, pets e pessoas enfermas sofrem com a questão dos estampidos dos fogos de artifício é a sobrecarga sensorial que esse tipo de barulho provoca, aumentando os níveis de cortisol e, consequentemente, o estresse em decorrência dessa sobrecarga. Isso pode gerar, desde crise de pânico até mesmo choro, podendo gera uma imunodepressão pelo aumento desse estresse. Por isso que é importante que a gente faça essa campanha de conscientização pela possibilidade de utilização de fogos sem estampidos, ou outras formas de a gente celebrar a Copa do Mundo”, disse.

“A importância dessa campanha durante a Copa do Mundo traz a sensibilização para a sociedade de que o momento que traz tanta alegria e união entre os diversos povos, não pode ao mesmo tempo significar a dor e o sofrimento da nossa população e animais”.

Flávia chegou a citar a Lei nº 9.593, sancionada pelo o governador Helder Barbalho no dia 13 de maio deste ano, que trata a proibição de soltura de fogos de artifícios com estampidos em todo Pará. “Os maiores desafios são o processo de fiscalização e a tomada de consciência por parte da sociedade. A partir do momento que as pessoas compreendem a importância dessa legislação e passa a fazer a aquisição de fogos que não tenham estampido ou encontram outras formas de comemorar esse momento, a gente consegue trazer essa letra para a nossa realidade no dia-a-dia”, concluiu.

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