'Barco voador' desenvolvido no Amazonas pode revolucionar transporte na Amazônia
Volitan, projeto de uma startup, promete chegar a 150KM/h, reduzir emissões e encurtar distâncias em áreas isoladas da região

Faltando pouco para a realização da COP30 em Belém, o Amazonas apresenta uma inovação que pode transformar a logística na região Norte. Desenvolvido pela startup amazonense AeroRiver, o Volitan — conhecido como “barco voador” — é uma embarcação que utiliza o efeito solo para se deslocar a poucos metros da superfície da água, sem tocá-la. A tecnologia permite velocidades de até 150 km/h e baixo consumo de energia.
O projeto, 100% nacional, visa superar os desafios logísticos de uma região onde os rios são as principais vias de transporte. Segundo Tulio Duarte, cofundador e diretor de negócios da AeroRiver, o veículo é resultado de quatro anos de pesquisa e testes.
Transporte com alta eficiência e menor impacto ambiental
“O ‘barco voador’ é um veículo de efeito solo, que navega muito próximo à lâmina d’água, sem contato com a superfície. Isso possibilita alta velocidade com consumo reduzido de energia e emissões mínimas de carbono”, explica Tulio.
A primeira versão funcional do projeto surgiu em formato de drone. Atualmente, a startup finaliza o desenvolvimento do primeiro modelo tripulado, com capacidade para duas a quatro pessoas.
Primeiros testes com passageiros devem ocorrer em 2026
Com 18 metros de comprimento, autonomia de até 500 km e capacidade para transportar dez passageiros ou uma tonelada de carga, o Volitan poderá reduzir o tempo de viagem entre Manaus e Parintins de dez para apenas três horas.
A previsão é que os primeiros testes em água sejam realizados no primeiro trimestre de 2026. Nessa etapa, serão avaliados o desempenho de flutuabilidade, navegação e o sistema de assistência à pilotagem — tecnologia própria da startup, desenvolvida para aumentar a segurança da operação.
A pré-comercialização do Volitan está prevista para 2026. O projeto visa atender rotas de turismo sustentável, transporte de passageiros, serviços de saúde e entrega de insumos em comunidades isoladas da Amazônia.
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