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Aneurisma cerebral: entenda por que mulheres estão mais propensas à doença

Mesmo não sendo exclusividade do gênero feminino, alguns fatores contribuem para uma maior incidência nessa população

Fabyo Cruz
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A cada 18 minutos, um aneurisma cerebral sofre rompimento. Dentre dez pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) ocasionado por um aneurisma, 4 morrem. A doença acomete 1 a cada 50 pessoas, porém a ruptura é mais incidente nas mulheres a partir da quinta década de vida. Com objetivo alertar a população sobre os fatores de riscos que contribuem para ocorrência desta doença silenciosa, neste mês é intensificada a conscientização sobre o aneurisma cerebral.

Essa alteração neurológica consiste numa dilatação (sáculo) que se forma na parede de um vaso sanguíneo cerebral (artéria), responsável por levar o sangue oxigenado ao cérebro. A mulher é 1,5 vez mais afetada que o homem, sofre influências hormonais devido à  idade, sendo acometida em torno de 45 a 55 anos de idade. Mesmo não sendo exclusividade do gênero feminino, alguns fatores contribuem para uma maior incidência nessa população.

“Acreditamos que os hormônios contribuem para a formação de aneurismas no sexo feminino. Isso explica o aumento da incidência após os 50 anos, durante a menopausa, quando os níveis de estrogênio estão mais baixos. É provável que esse hormônio possa colaborar na manutenção da elasticidade dos vasos sanguíneos e causar um efeito protetor durante a idade reprodutora”, diz o neurorradiologista intervencionista e professor doutor Eric Paschoal.

Alguns fatores, comuns a ambos os sexos, influenciam no desenvolvimento de um aneurisma, tais como o tabagismo, a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, o sedentarismo, o alcoolismo, o colesterol alto, assim como enfermidades genéticas (Doença de Marfan, Doença de Ehlers Danlos, Doença Renal Policística). Segundo Paschoal, essa lesão  também “é mais frequente entre os asiáticos e finlandeses, por isso a origem étnica mostra uma pista das pessoas com maior possibilidade de possuir esse diagnóstico”.

O especialista alerta que o aneurisma é perigoso, desenvolve-se de forma silenciosa e pode ser fatal. Ele explica que a saculação (abaulamento) da artéria pode ter um rompimento causando um tipo de AVC hemorrágico, conhecido como hemorragia subaracnóidea ou meníngea. “Esse tipo de sangramento representa 5% entre os casos de AVC, mas a mortalidade é muito elevada podendo chegar até 60% devido às complicações inflamatórias que a doença determina no cérebro”, alerta.

 

Tratamento

 

O tratamento pode ser através do acompanhamento sem a necessidade de cirurgia devido a localização e ao pequeno tamanho. No entanto, a maioria necessita de cirurgia que pode ser dividida, em casos submetidos a microcirurgia ou  embolização- cirurgia através do cateterismo. “A microcirurgia ocorre através da clipagem (uso de um clipe ou grampo) para ocluir o aneurisma cerebral por fora do vaso, enquanto a embolização pode ser feita por meio da oclusão da saculação com o uso de espirais no interior ou até mesmo através de malhas tubulares( stent), que reconstroem a luz do vaso”, conclui.

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