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Amazônia registra crescimento de 17% em área desmatada durante o primeiro semestre

Índice do mês de junho é o maior registrado para o período desde 2016

Laís Santana

O desmatamento na Amazônia cresceu 17% em relação ao primeiro semestre do ano passado, atingindo uma área de  3.610km² desmatada em 2021, como apontam os dados divulgados pela WWF-Brasil. Somente em junho deste ano, 1.062km² de floresta foram desmatadas. Este foi o maior valor aferido para o período desde 2016. O Estado do Pará corresponde a 41% da área desmatada durante o último mês, totalizando uma parde de 438km². 

Considerando o ritmo do desmatamento da Amazônia até o momento, a estimativa é de que a região perca  cerca de 10 mil km² este ano. O índice é 60% maior que a média da década anterior ao seu governo (2009-2018), quando o patamar foi de 6,4 mil km². A meta de redução de 12% em relação a 2020, apresentada pelo General Hamilton Mourão para a nova fase de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia,  não altera esse cenário, possibilita somente retroceder ao nível de desmatamento alcançado em 2019, quando o desmatamento havia crescido quase 30% em relação ao ano anterior. 

O levantamento da WWF-Brasil também mostra que a região do Cerrado tem sofrido com o desmatamento assim como a Amazônia. O segundo maior bioma do Brasil registrou crescimento no desmatamento de 16,9% em junho e 6,3% no acumulado do primeiro semestre, com  relação ao ano anterior. Ao todo, a a área natural perdida foi em junho e nos primeiros seis meses deste ano é de 511 km2 e 2.638 km2, respectivamente. 

"A destruição da Amazônia e do Cerrado coloca em risco a segurança hídrica do país e, por consequência, nossa segurança energética, com sérias consequências para toda a economia.  Essa provavelmente será a herança deste governo", ressalta Maurício Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil.

Contrapondo a pesquisa, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará, registrou em junho de 2021 uma queda de 27% no desmatamento em áreas estaduais em comparação ao mesmo período de 2020. O percentual é equivalente a uma diminuição de 548,51 km² de área desmatada ano passado, para 438,42 km² de desmatamento em junho de 2021. 

Em nota, a Semas afirma que não procede a informação de que o estado do Pará quebrou novo recorde de desmatamento no mês de junho. “A diminuição nas aéreas estaduais é reflexo direto  do aumento em mais de 1000% da fiscalização e da Operação Amazônia Viva, que embargou mais de 206 mil hectares de terra com desmatamento ilegal e apreendeu mais de 7.831 m³ de madeiras exploradas de forma ilegal e maquinários utilizados nos crimes ambientais. É necessário que o Governo Federal faça sua parte na área de 60% de território preservado pertencente à União”, acrescenta a nota.

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