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Alta umidade relativa do ar serve de cenário para surgimento de doenças

Infectologista recomenda vacinação e uso de máscara contra doenças da época

Eduardo Rocha
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Nesta época chuvosa no Estado, é comum pessoas contraírem doenças, como, sobretudo, as viroses, e aí é revelada a relação entre a umidade relativa do ar (índice de água na atmosfera) com o surgimento e intensificação de doenças. Então, é bom manter a vacinação em dia e se prevenir com o uso de máscara em locais com muitas pessoas. Até porque a umidade relativa do ar permanecerá em alta em abril, e, apenas em maio, deverá baixar, mas nem tanto.

José Raimundo Souza, diretor do 2º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), informa que a Biometeorologia estuda a relação entre clima e a saúde do ser humano. "Na Região Metropolitana de Belém e no litoral do Estado, a umidade relativa do ar em março e abril é de mais de 90%, na máxima, e de 60%, na mínima. A partir de maio, em junho e julho, desce para 80% na máxima e de 50 a 60%, na mínima. Quem tem artrite, reumatismo, sofre quando a umidade relativa do ar está alta, como se verifica agora", destaca. Agora, em março, a umidade relativa do ar mostra-se bem elevada em todo o Pará.  Pessoas com sinusite e renite sofrem bastante.

No entanto, em junho, julho e agosto, no Sul do Pará, ocorrem os menores índices de umidade relativa do ar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que quando aa URA chega a menos de 30% provoca problemas respiratórios, gripe e rachadura dos lábios. No Sul do Pará, chega-se até a 20%. Nesse mesmo período, nos meses mais secos do ano no Pará, a URA na Grande Belém e litoral paraense chega a se situar em 50%. Na alta umidade relativa do ar e com alto índice pluviométrico (chuvas), como informa José Raimundo Souza, surgem fungos, bactérias e são registradas as viroses e doenças tropicais, como a malária, por exemplo, entre as pessoas. Transitam também mosquitos, os vetores dessas e outras enfermidades.

A alta umidade relativa do ar está associada ao período chuvoso, marcado pela Zona de Convergência Intertropical (faixa de nuvens formada por ventos alísios dos hemisférios Norte e Sul) e circulação dos ventos dos altos níveis da atmosfera (alta da Bolívia).

Em abril, as chuvas continuarão na Grande Belém, mas haverá manhãs de Sol, ao contrário da pouca incidência de Sol, com ceú de encoberto a nublado, com até chuvas de 12 hores de duração. Com a chuva, a umidade relativa do ar atinge a mais de 95%.

Alerta

O infectologista Alessandre Guimarães, membro da Sociedade Paraense de Infectologista (SPI), destaca que durante as épocas mais chuvosas do ano as pessoas tendem a ficar mais em casa. Se não estiverem em ambiente doméstico, e chover, como ressalta, podem se aglomerar para se proteger, o mesmo acontecendo em outros locais e países de clima mais frio, em que no inverno, naturalmente as pessoas ficam mais em casa. "É muito comum, inclusive, em outros países, no inverno mais rigoroso, usarem máscaras; já estão mais acostumados", pontua.

Nesse contexto, "as viroses que são transmitidas por gotículas, que são micro-partículas que expelimos ao tossir, falar alto, espirrar, carreiam vários tipos de vírus respiratórios podendo acometer pessoas mais próximas". Destaca-se a influenza, que é a gripe comum, mas existe ainda o vírus do resfriado comum, a própria monucleose (embora não seja uma doença respiratória), entre outros, como frisa o médico.

Não é que “baixe a imunidade”, e, sim, que existe um cenário propício para haver a cadeia de transmissão dessas enfermidades como diz o infectologista. "Lembrando que algumas doenças com queda na cobertura vacinal como por exemplo rubéola, sarampo, entre outras, como meningite, que apesar de não serem consideradas “doenças respiratórias”, recaem na mesma maneira de contágio, ou seja pelo ar. Então, se enumera uma dezena de mais comuns viroses emergentes e reemergentes nessas épocas do ano e outras enfermidades transmitidas pelo ar, quer seja por gotículas ou aerossóis (existe diferença).

Como prevenção às doenças, Alessandre Guimarães orienta que se deve buscar as vacinas para aquelas que são imunopreveníveis. Em segundo lugar, usar máscara em ambientes de grande aglomeração.

 

 

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