Acidentes de trânsito representaram quase 35% das internações, no Hospital Metropolitano, no ano passado
O custo médio de cada alta, independentemente do motivo da internação, é de cerca de 21 mil reais

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) registrou, no ano passado, 7.758 internações gerais, das quais 2.690 são de vítimas de acidentes de trânsito, o que corresponde a quase 35% do total de internações. A unidade, que pertence ao Governo do Estado, sendo gerenciada pela Pró-Saúde, em Ananindeua, é referência em atendimentos de queimados e vítimas de traumas na região Norte do país.
De acordo com o hospital, o perfil dos pacientes internados em decorrência de acidentes de trânsito é prioritariamente formado por jovens, entre 20 e 39 anos, do sexo masculino. No entanto, crianças e adolescentes, de um a 14 anos, também aparecem na lista.
"Em todos os contextos, é importante que as pessoas tenham responsabilidade e sigam as diretrizes básicas estipuladas pelos órgãos competentes como, por exemplo, respeitar os limites de velocidade, não ingerir bebidas alcoólicas, usar o cinto de segurança e respeitar a sinalização", pede a médica e diretora técnica do HMUE, Renata Coutinho.
Custos
Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), em um recorte feito de janeiro a julho em 2021, o número de internações de motociclistas bateu recorde histórico no Brasil, alcançando 71.344 casos graves e que exigiram a hospitalização do motociclista.
Um acidente pode gerar alto custo para a saúde dos indivíduos, famílias e aos cofres públicos. Somente no ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) desembolsou cerca de R$ 100 milhões para tratar apenas motociclistas traumatizados.
No Hospital Metropolitano, o custo médio de cada alta, independentemente do motivo da internação, é de cerca de 21 mil reais. O dado toma como base a média de dias de internação dos pacientes, que varia entre oito e 18 dias. Em casos mais graves e complexos, em que esse período é ampliado, o custo é ainda maior.
"A gravidade do quadro de cada paciente varia bastante, mas, geralmente, são jovens que têm plena atividade social, trabalham, estudam e um único acidente pode mudar tudo e deixar marcas para a vida toda", acrescenta Coutinho.
Há quatro anos, para conscientizar motoristas, o HMUE realiza o Projeto Direção Viva, que conta com diversas ações educativas ao longo do ano, como, por exemplo, em fevereiro, por conta do carnaval; maio, que celebra a campanha de cuidados no trânsito; julho, novembro e dezembro, por conta das férias e festas de fim de ano.
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