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Zumbis existem? Estudo analisa cérebro de três indivíduos 'zumbificados'; entenda

As próprias crenças populares podem ter dado vida o suposto caso de zumbi no Haiti

Rayanne Bulhões
fonte

Desde a década de 1980, autoridades haitianas recebem denúncias sobre a existência de supostos "sonâmbulos mortos-vivos". Levantamento local, segundo o site IFLScience, apontam que as ocorrências podem chegar a mais de mil. Ainda em 1987, pesquisadores iniciaram um estudo detalhado sobre o cérebro de três indivíduos suspeitos de serem zumbis.

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Como surgiu a história dos zumbis do Haiti? 

As próprias crenças populares podem ter dado vida ao suposto caso de zumbi no país. O vodu haitiano, religião dominante no Haiti, que combina elementos cristãos e crenças africanas, acredita que os espíritos dos falecidos podem ser capturados por feiticeiros. Esses trabalhadores da magia são conhecidos como "bokors". Eles têm a capacidade de reanimar corpos "frescos" por meio da manipulação das almas.

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Sobre a pesquisa 

Para investigar os casos, os estudiosos usaram a pesquisa de três pessoas em 1997. O foco era encontrar uma explicação científica para os alegados zumbis avistados na região. Para isto, os cientistas utilizaram eletroencefalografia e técnicas de teste de DNA.

O primeiro caso envolveu uma mulher que faleceu aos 30 anos. Ela foi encontrada três anos depois por familiares. Segundo os autores do estudo, ela apresentava um comportamento estranho, mantendo a cabeça "abaixada" e locomovendo-se "extremamente devagar e rigidamente, com movimentos limitados dos braços. 

Apesar dessas características, os pesquisadores concluíram que o eletroencefalograma e exame do sistema nervoso central não apresentaram anomalias significativas, e que ela tinha esquizofrenia catatônica. A justiça autorizou a exumação do túmulo da mulher, confirmando que o corpo não estava presente e cheio de pedras.

Mas a questão sobre o retorno dos mortos ainda permaneceu aberta. Os cientistas levantaram a possibilidade de que ela não tenha realmente falecido, mas sido envenenada por uma "toxina neuromuscular", para fazer com que seus familiares acreditassem que ela estava morta.

Outro caso examinado envolveu um homem de 26 anos. Ele foi confundido com uma pessoa que havia falecido 19 meses antes. Durante a investigação, descobriu-se que seu aspecto "zumbificado" foi provocado por um familiar, que o acorrentou a um tronco.  Exames clínicos realizados pelos pesquisadores revelaram que o homem sofria de "síndrome cerebral orgânica e epilepsia". Além disso, testes de DNA confirmaram que ele não era a pessoa que havia falecido recentemente.

O último caso analisado foi o de uma mulher de 31 anos, que foi erroneamente identificada como uma aldeã que havia falecido há 13 anos. Novamente, exames médicos minuciosos demonstraram que ela não era a pessoa falecida.

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